'Aliviados' pelo cancelamento do despejo, vereadores da Capital voltam ao trabalho
Questão judicial do prédio do Legislativo foi citada durante discursos de Nelsinho e do presidente da Casa, Paulo Siufi
Com despejo cancelado, os 21 vereadores de Campo Grande retornaram aos trabalhos, na manhã desta quinta-feira (2), na Câmara Municipal. A questão judicial do prédio do Legislativo foi citada durante discursos do prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) e do presidente da Casa, Paulo Siufi (PMDB), na sessão solene de abertura dos trabalhos.
Sobre o aluguel, Nelsinho frisou que “ainda não tem o valor exato de quanto realmente deve ser pago pelo poder público”. Quando anunciou, durante discurso, o cancelamento do despejo, Siufi afirmou que “não haveria como despejar vereadores eleitos pelo povo de uma casa que é do povo”.
O secretariado municipal também compareceu na sessão solene da Câmara. Durante discurso, Nelsinho afirmou que Campo Grande é um dos exemplos das ações em conjunto com os dois poderes.
“A Câmara tem uma independência de atuação, respeitando sempre o trabalho que o Executivo desenvolve. O que a gente espera é que essa parceria de independência possa prevalecer para o bem do desenvolvimento do município”, destacou o prefeito.
De maneiras diferentes, os líderes de bancadas subiram na tribuna e mandaram o recado para Trad, permeado principalmente pelo pensamento de continuidade da parceria entre os dois poderes.
O líder do governo na Câmara, Flávio César (PT do B), destacou que os discursos dos parlamentares de cada partido “são o reflexo de uma administração sólida”.
O vereador Marcos Alex (PT) falou em nome da bancada do partido de oposição e elencou alguns problemas que devem entrar em pauta. “Temos que fazer um debate sério das obras, para não desperdiçar recursos, discutir questão do Lixão, das creches, do transporte coletivo e da política salarial dos servidores públicos”, detalhou Alex.
Projetos - Segundo o presidente da Câmara, a meta deste ano é continuar os trabalhos, defendendo a população de Campo Grande e fiscalizando o Executivo dentro da parceria
“Vários projetos vão entrar em pauta. Mas o principal remanescente é o dos estacionamentos, que mexe com a população, com o centro da cidade, com estacionamento do Aeroporto e dos shoppings, estes que cobram fracionado. Vamos ver o que é certo e o que é errado, para definirmos em lei”, detalhou Siufi.
De autoria de Siufi e do vereador Vanderlei Cabeludo (PMDB), um dos projeto sobre estacionamentos estabelece que o consumidor ficará isento de pagamento se comprar um determinado valor no shopping. A lei define que será considerado isento o consumidor que comprar 10 vezes mais do que o valor do estacionamento.
O segundo projeto sobre estacionamentos, de autoria de Siufi, Grazielle Machado (PR) e Marcelo Bruma (PV), obriga estabelecimentos e até consultórios médicos a fornecerem um número mínimo de vagas para os clientes.