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Política

Com ministra, DEM filia o 13º prefeito de olho em eleições municipais e em 2022

Roberto Cavalcante ingressou no partido em evento no qual o partido admite foco nas disputas municipais e na eleição seguinte

Humberto Marques | 27/09/2019 17:16
Tereza Cristina conversa com Cavalcante e Barbosa, durante ato de filiação de prefeito ao DEM; ministra quer deixar discussão de candidatura em 2022 mais "para a frente". (Foto: Humberto Marques)
Tereza Cristina conversa com Cavalcante e Barbosa, durante ato de filiação de prefeito ao DEM; ministra quer deixar discussão de candidatura em 2022 mais "para a frente". (Foto: Humberto Marques)

Na presença da ministra Tereza Cristina (Agricultura), o DEM filiou na tarde desta sexta-feira (27) seu 13º prefeito em Mato Grosso do Sul. Roberto Cavalcante, de Angélica, deixou o PSB de olho em parcerias com os ministros do partido –que também tem Luiz Mandetta (Saúde) entre os filiados– e dentro de um projeto que passa pela conquista do maior número de Executivos municipais em 2020 e, dois anos depois, permita ao partido alçar maiores voos.

A filiação foi realizada no gabinete do deputado José Carlos Barbosa, ele mesmo pré-candidato a prefeito de Dourados –a 233 km de Campo Grande– e que garante que a busca de reforços, agora, visa não apenas o próximo ano, mas as eleições de 2022, que incluem Governo do Estado, Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados e Senado. “(A eleição de) 2022 passa por 2019. O partido precisa de prefeitos, vices, vereadores e de alianças bem construídas para ter musculatura e força para 2022”, afirmou.

A busca de reforços, prosseguiu, continua, apoiada nos ventos favoráveis ao partido do Estado –além de integrar o governo de Reinaldo Azambuja (PSDB), no qual tem o seu presidente regional, Murilo Zauith, como vice-governador e secretário de Infraestrutura, o partido é um dos principais aliados da gestão do presidente Jair Bolsonaro. Predicados que pesam na atração de filiados, mas que, no caso de Roberto Cavalcante, agregaram à relação anterior com Tereza Cristina e Barbosa.

“O DEM é um partido conhecido há muito tempo, com boa estrutura, e acompanho o trabalho da ministra há muito anos, antes mesmo de ser eleito”, disse o prefeito de Angélica, que é servidor público concursado na época em que Barbosa foi prefeito. Cavalcante também revela que deixou o PSB em busca de um partido melhor organizado. “Agora espero trabalhar com o Barbosinha, com a ministra e com o Mandetta, um grande parceiro”.

2020 – O prefeito também revela que adentra no DEM interessado em construir o projeto de reeleição. “Os partidos buscam se fortalecer com pessoas que deem representatividade no pleito eleitoral. E o DEM vem crescendo muito”.

Barbosa, por sua vez, afirma que o Democratas está “de portas abertas para receber aqueles que ideologicamente se encaixam no perfil do partido. Se o partido quer ser forte, tem de estar aberto a receber novas lideranças. Temos grande possibilidade de receber nomes expressivos”.

O deputado estadual revelou, também, a disposição em concorrer a prefeito de Dourados. “É a maior cidade do interior e, para o DEM, penso ser um projeto forte ter candidatura lá. Não, tem, necessariamente, de ser eu. Ponho o nome à disposição, mas o partido não abre mão de ter um candidato a prefeito em Dourados”, destacou.

Ele confirmou já manter conversas com nomes do MDB, PSDB e PTB, tendo como discurso a “necessidade de reconstrução da política de Dourados, que perdeu a referência política para a Grande Dourados, o Cone Sul e o Vale do Ivinhema, não tendo representação federal”.

Além de Cavalcante, integram o DEM os prefeitos Dalmy Crisóstomo da Silva (Alcinópolis), Marceleide Hartemam Pereira Marques (Antônio João), Álvaro Urt (Bandeirantes), Jorge Takahashi (Batayporã), Manoel Viais (Caracol), Valdir Sartor (Deodápolis), José Izauri de Macedo (Naviraí), Ivan da Cruz Pereira (Paraíso das Águas), Willian Fontoura (Pedro Gomes), Paulo Tucura (Ribas do Rio Pardo), Enelto Ramos da Silva (Sonora) e Sebastião Donizete Barraco (Terenos).

Ainda não – Nome lembrado para 2022, Tereza Cristina se nega a discutir o projeto eleitoral neste momento. “Ainda tem muita água para correr”, afirmou a ministra, costumeiramente lembrada para a disputa pelo governo ou Senado naquele ano.

“Não posso dizer que neste momento tenho projeto. Na política, seu nome tem de estar para o partido e, se precisarem dele, no momento vamos discutir. Hoje eu trabalho no Ministério da Agricultura pelo Brasil, onde há muita coisa para fazer e resolver”, afirmou. Ela citou, para a eleição futura, seu nome e os de Murilo Zauith, Mandetta, Barbosa e do deputado estadual Zé Teixeira como possíveis candidatos. “Na hora certa você vê o nome certo para o momento certo”.

Em ocasiões anteriores, Murilo afirmou que o projeto do DEM segue atrelado ao do PSDB que, em 2022, pode ter o atual governador como candidato a senador –fazendo o atual vice assumir o Executivo sul-mato-grossense.

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