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Política

Com segurança reforçada, Paranhos volta às urnas neste domingo

Cidade escolhe novo prefeito, após eleito em 2020 ter candidatura impugnada

Adriel Mattos | 03/10/2021 07:08
Cidade volta às urnas menos de um ano depois das eleições de 2020. (Foto: Divulgação)
Cidade volta às urnas menos de um ano depois das eleições de 2020. (Foto: Divulgação)

Paranhos, cidade da região sul de Mato Grosso do Sul e distante 469 km da Capital, volta às urnas neste domingo (3) para eleger prefeito em um pleito suplementar. Apesar da violência recente, a campanha foi considerada tranquila pela maioria dos candidatos.

Estão aptos a votar 8,4 mil eleitores. O TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) voltou a convocar 104 mesários para 16 locais de votação. A eleição terá o mesmo horário da anterior, das 8h às 17h, com todas as medidas de biossegurança.

Atual prefeito interino e também candidato, Donizete Viaro (MDB) lembrou dos desafios quando assumiu o cargo, em janeiro. “Foi uma campanha tranquila. Em oito meses, conseguimos fazer um bom trabalho. Lançamos a reforma do nosso hospital e demos atenção às aldeias”, comentou.

Já o postulante do PT, Adélio Cilírio, se diz confiante. “Temos uma proposta diferente. Quem quer mudança, quem quer uma administração popular, tem opção. E precisa ver o passado dos candidatos”, afirmou.

O Campo Grande News não conseguiu contato com o candidato do PSDB, Alfredo Soares.

Na ordem, Adélio Cilírio (PT), Alfredo Soares (PSDB) e Donizete Viaro (MDB), candidatos a prefeito. | Montagem: Reprodução/Facebook
Na ordem, Adélio Cilírio (PT), Alfredo Soares (PSDB) e Donizete Viaro (MDB), candidatos a prefeito. | Montagem: Reprodução/Facebook

Violência, mas não política - Localizada na fronteira com o Paraguai, Paranhos já vive sob o estresse da violência constante. Mas nenhum caso relacionado à eleição foi registrado, segundo o delegado Edgard Punsky.

“Em eleição, os ânimos ficam exaltados, já é uma questão cultural. Mas não tivemos nada relacionado à política, nada que fuja da normalidade da fronteira”, explicou.

Em nota, a Polícia Militar informou que enviou equipes do Batalhão de Polícia Militar Rodoviária e do Batalhão de Choque para a cidade e mobilizou todo o efetivo da 3ª CIPM (Companhia Independente da PM) para o dia da eleição.

“Pedimos reforço junto à Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) e ao TRE e na quarta (29) já tivemos ampliação. Temos equipes do Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), da Defurv (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos de Veículos), além do nosso efetivo e do DOF (Departamento de Operações de Fronteira). Estamos nos precavendo para evitar qualquer crime que leve à morte”, complementou o delegado.

Na noite de quinta-feira (30), Wislher Freitas Tavares, de 26 anos, foi morto a tiros ao sair de um comício. O suspeito do crime foi preso na tarde de sexta-feira (1º) no Paraguai. E na quarta-feira (29), um indígena da Aldeia Pirajuí foi baleado. Ambos os crimes foram motivados por desavenças.

Histórico - Em novembro de 2020, Klabunde conquistou um terceiro mandato nas urnas, mas foi impedido de tomar posse em janeiro deste ano. Ele teve a candidatura indeferida por ter tido contas de sua última gestão reprovadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União), relacionadas à execução de um convênio com o governo federal.

O vereador Donizete Viaro foi eleito presidente da Câmara Municipal e assumiu a chefia do Executivo interinamente. Klabunde tentou vários recursos antes da decisão final do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mas não obteve sucesso.

Com o último recurso negado pela corte superior em junho, o TSE definiu em julho que a eleição suplementar seria realizada em 3 de outubro e a diplomação e posse dos eleitos deve acontecer no dia 22 do mesmo mês.

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