Com trânsito fechado há 12h, total de aliados de Bernal “estaciona” em 100
Acampados, estudantes e representantes do Sindicato dos Vigilantes amanheceram a quarta-feira em frente ao prédio da Câmara Municipal de Campo Grande, onde, a partir das 14h, será realizada a sessão que pode resultar na cassação do prefeito Alcides Bernal (PP).
O grupo chegou na tarde de ontem e o discurso é pró-Bernal. Também estão no local policiais militares, guardas municipais e a assessoria de imprensa do prefeito.
A avenida Ricardo Brandão, em frente à Câmara, foi fechada desde às 20h de ontem e só será liberada ao término da sessão, que pode durar até doze horas. O fluxo é desviado para rua Jeribá. No começo da manhã, o trânsito registrou lentidão na rua Elvira Coelho Machado, que dá acesso à rua Ceará.
Os manifestantes calculam que há 200 pessoas na Câmara. No entanto, a estimativa da Polícia Militar é de cem pessoas, sem alteração em relação ao público de ontem. Unaldo Soares de Meneses, de 68 anos, conta que chegou às 18h e dormiu no carro. “Espero que a Justiça seja feita. Por que o prefeito precisa ser cassado se 270 mil pessoas escolheram ele”, afirma.
Coordenador do Movimento Mafre (Movimento Sul-mato-grossense de Agricultura Familiar), Edinaldo Meneses, 36 anos, diz que até hoje e nem o prefeito e nem os vereadores trabalharam para o povo. “É hora de superar as brigas”.
Vinda de um acampamento para assistir à sessão, Darci Rodrigues Cardoso, de 59 anos, avalia que o prefeito ainda não conseguiu mostrar o seu trabalho, porque os vereadores não deixaram.
A maioria dos manifestantes veio dos acampamentos Estrela 1 e 3, na região da Gameleira e BR-262, da UNE (União Nacional dos Estudantes) e Sindicato dos Vigilantes. O grupo está abrigado em lonas em frente à Câmara. O pátio do prédio está fechado e cinco policiais militares estão postados em frente à porta do plenário da Casa de Leis. Vendedores ambulantes aproveitaram para vender café e chipa.