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Política

Com verba, indígena fala em levar comida à mesa e proteger a mãe terra

Liderança falou ao ministro e autoridades em nome dos povos indígenas do Pantanal

Maristela Brunetto e Jackeline Oliveira | 25/07/2023 10:51
Daniele disse que vivia um momento de esperança e que indígenas querem produzir alimentos e proteger natureza (Foto: Jacqueline Oliveira)
Daniele disse que vivia um momento de esperança e que indígenas querem produzir alimentos e proteger natureza (Foto: Jacqueline Oliveira)

Usando um cocar azul, de penas de arara, a indígena Daniele Luiz fez um discurso de emocionar o público na abertura da Conferência Estadual da Agricultura Familiar, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, evento que reúne o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, o governador Eduardo Riedel (PSDB), deputados, secretários e uma série de autoridades e lideranças representando pequenos produtores, encerrando um ciclo de conferências e comemorando o Dia do Agricultor Familiar.

Uma porta se abriu, disse ela, para permitir que os indígenas possam “entrar com a nossa agricultura familiar na mesa do povo sul-mato-grossense”. Ela destacou que o apoio que os pequenos recebem neste momento é uma oportunidade para que possam participar e ser ouvidos. Com o apoio, disse que “nós acreditamos que, nós, pequenos produtores indígenas, teremos a oportunidade de também fazer parte da economia de Mato Grosso do Sul.”

A líder indígena expôs que vivia um momento de esperança. Sem citar nomes da gestão passada do Governo Federal, disse que foram quatro anos “calados e oprimidos”. Ela lembrou que no Estado encontra-se a segunda maior população indígena e dirigiu-se ao governador mencionando que Mato Grosso do Sul pode ser um modelo para a produção de alimentos por este grupo. Ainda fez referência à assessoria técnica que os indígenas estão recebendo.

A fala não se resumiu à importância econômica para a oferta dos alimentos que produzem. Daniele falou também da relação dos indígenas com a natureza. Lembrou que são povos que trabalham, “que lutam e colocam sobre sua alma o sangue dos seus ancestrais e a responsabilidade com sua mãe terra, com a natureza, com a conservação do nosso Pantanal.”

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