Concursos públicos em Mato Grosso do Sul atraem candidatos de outros estados
Nos últimos 7 anos e meio, foram aprovados em concurso 9,6 mil novos servidores
Atraídos por salários, valorização das carreiras, qualidade de vida e pelo crescimento econômico, concurseiros de todo o Brasil vêm a Mato Grosso do Sul fazer as provas para os mais diversos cargos. Até o fim do ano, o Governo do Estado vai ter empossado 9,6 mil novos servidores aprovados em concursos nos últimos sete anos e meio.
Mateus Crovador da Silva, de 37 anos, veio de Curitiba (PR). O novo delegado está comprando uma casa em Tacuru e já planeja ter o primeiro filho, no próximo ano. No estado vizinho, foi policial e advogado, profissão que exerceu por 10 anos. “Eu decidi vir para Mato Grosso do Sul porque é do lado do Paraná. É um Estado bom. Lembra o Paraná de um tempo atrás. E eu quero ficar aqui para mostrar o meu empenho e conseguir reduzir os índices de criminalidade”, disse.
Empossado em 2020, Samuel Moura Andrade, de 35 anos, veio de Cuiabá (MT), com a esposa. Em Mato Grosso, exercia a profissão de calheiro. Hoje, em Mato Grosso do Sul, é policial penal lotado no Instituto Penal de Campo Grande. Já a esposa é advogada e continua trabalhando para um escritório de MT, mas por home office. “Está sendo uma experiência muito boa. É uma outra realidade. Aqui o clima é bem mais fresco, mais tranquilo do que em Cuiabá. E tudo é uma coisa nova. Hoje eu não trocaria meu concurso nem para ser Policial Militar ou Bombeiro Militar”, conta Samuel.
O brasiliense Raul Henrique Oliveira da Costa, de 29 anos, trocou a vida de concurseiro pela de delegado. “Eu estudava para carreira jurídica. Tinha concurso aberto para Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul e entendi que a valorização da carreira é melhor aqui. Então, acabei fazendo o concurso apenas aqui para Mato Grosso do Sul. Estou aqui na fronteira, em Paranhos, em que há suas dificuldades, mas também uma equipe muito boa e estou satisfeito”.
Somente nesta semana, o governador Reinaldo Azambuja deu posse a 309 servidores, sendo 201 da SES (Secretaria de Estado de Saúde), e 108 de Sedhast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho), Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural).
“Nós teremos mais uma (posse), dos professores, que vão ser 465, totalizando mais de 9,6 mil novos servidores nesses 8 anos. Se você olhar que temos mais de 40 mil servidores ativos, então teremos mais de 20% da força motora de trabalho na atividade (de novos servidores) nesse período. Isso é muito importante porque você reestrutura as carreiras. Você ocupa essas lacunas vagas pelas aposentadorias, pelo pessoal que deixou o Estado, principalmente nas áreas essenciais”, contou o governador.
Entre os servidores que tomaram posse nos últimos 7 anos e meio estão os 89 delegados de polícia, 303 peritos e agentes de polícia científica, 186 policiais penais e 201 servidores da saúde, além de auditores da Controladoria Geral do Estado, procuradores, gestores de ações sociais, servidores do Procon, da Iagro e da Agraer.
E tem muitos funcionários novos que são de Mato Grosso do Sul. Esse é o caso do jornalista Ricardo Campos Júnior, de 33 anos, que tomou foi aprovado, nomeado e empossado, após 8 anos de estudo e dedicação. A posse dele foi realizada na última sexta-feira (11).
“Eu já tenho feito alguns concursos há algum tempo, passei em dois que eram apenas para cadastro reserva, logo nunca fui chamado. Quando vi o edital da Agraer, além da questão salarial, me chamou a atenção as atividades que o órgão desenvolve, as quais conhecia pouco. Então acreditei que seria uma excelente oportunidade para dar um novo passo na minha carreira, depois de ter trabalhado por 11 anos em redação, atuar em assessoria de comunicação”, finalizou.