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Política

Conselho pode abrir sindicância contra médica após declaração política

Médica de MS que atua na UPA das Moreninas postou nas redes sociais que “alta do paciente depende do voto”

Izabela Sanchez | 28/10/2018 11:52
Conselho pode abrir sindicância contra médica após declaração política
Print de dois posts feitos pela médica com o mesmo texto (Foto: Reprodução)
Print de dois posts feitos pela médica com o mesmo texto (Foto: Reprodução)

“Hoje é dia de maldade. Perguntar pro paciente em quem vai votar antes da alta. Dependendo da resposta, alta só segunda!!”, escreveu a médica Beatriz Padovan Vilela, fazendo check-in na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) das Moreninhas, conteúdo que ela postou no Facebook. Por meio de nota oficial, o CRM (Conselho Regional de Medicina) afirma que a denúncia foi recebida e há possibilidade de abertura de sindicândia.

“O Conselho Regional de Medicina do Mato Grosso do Sul esclarece que a entidade é uma autarquia federal sem posicionamento ou direcionamento político, sendo assim, a denúncia sobre a médica será encaminhada para o setor responsável para análise dos fatos e possível abertura de sindicância”, declara a nota.

A postagem viralizou depois que a médica declarou que iria perguntar aos pacientes em quem votam antes de decidir se daria alta ou não. Nas postagens, feitas neste sábado (27), mas que já foram apagadas pela médica, ela também declara voto ao candidato Jair Bolsonaro (PSL). “#B17 É dessa vitamina que o povo brasileiro precisa!”. Beatriz consta no cadastro de médicos

Sesau - A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) emitiu posicionamento, por meio de nota, e informou que não “concorda e nem corrobora com opiniões, sejam de conotação política ou não”, que contrariem o código de ética da profissão. “O mesmo reforça que o profissional jamais utilizará seus conhecimentos para causar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou para permitir e acobertar tentativa contra sua dignidade e integridade”.

A secretaria ainda afirma que profissionais são livres para se manifestar nas redes sociais e que são os únicos responsáveis por responder cível e criminalmente pelos seus atos. Uma investigação, contudo, será instaurada pela Sesau para apurar a conduta da médica no plantão.

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