Corregedor diz que "Tio Trutis" pode sofrer processo por quebra de decoro
Segundo o deputado federal do Pará, órgão da Câmara Federal age depois de ser provocado
“Se a polícia terminar a investigação e provar, é passível sim de abertura de processo por quebra de decoro parlamentar”.
A frase é deputado federal Paulo Bengston, corregedor da Câmara Federal, ao comentar a situação do deputado federal Loester Carlos (PSL), mais conhecido como “Trutis”, que está preso em Campo Grande. Processos desse tipo podem render cassação do mandato.
Trutis é investigado em inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) como suspeito de forjar atentado em fevereiro deste ano. Na época, declarou nas redes sociais que o carro dele foi alvejado na BR-060 e que revidou com tiros de pistola 380.
De lá para cá, vem cobrando investigações por parte da Polícia Federal. Hoje, acabou sendo alvo de busca e apreensão e preso por estar com arma sem registro. Conforme a reportagem apurou, é um modelo de uso restrito, configurando crime inafiançável.
O Campo Grande News levantou que o parlamentar vai ser submetido a exame de corpo de delito no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e depois levado para ficar em presídio.
Procurado pela reportagem, Bergston disse que não havia sido informado ainda da situação, mas explicou como a Corregedoria age. Segundo ele, é preciso uma provocação.
Pode ser de um parlamentar, um partido ou mesmo da Justiça”, declarou.
Segundo Bergston, pelas informações relatadas, cabe para o caso a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar, em se confirmando a suspeita de que Trutis fez uma armação para se fazer de vítima de atentado, ou ainda se houver determinação nesse sentido pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
O parlamentar, que antes era dono de lanchonete em Campo Grande, entrou para a política em 2018, na onda bolsonarista. Foi eleito com 56 mil votos.