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Política

CPI da JBS encerra trabalhos e prazo para relatório final é de 30 dias

Com último depoimento prestado pelo deputado Zé Teixeira, comissão definiu ter dados suficientes para concluir relatório

Richelieu de Carlo | 27/09/2017 19:23
Deputados durante reunião da CPI nesta quarta-feira. (Foto: Wagner Guimarães/ALMS)
Deputados durante reunião da CPI nesta quarta-feira. (Foto: Wagner Guimarães/ALMS)

O presidente Paulo Corrêa (PR) encerrou, nesta quarta-feira (27), os trabalhos de análise de documentos e coleta de depoimentos da CPI que investiga irregularidades fiscais e tributárias em Mato Grosso do Sul. Os deputados que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito aprovaram o prazo de 30 dias para entrega do relatório final.

Estavam previstos três depoimentos na sessão de hoje, do ex-prefeito de Porto Murtinho e atual assessor político da Secretaria de Governo, Nelson Cintra; do produtor rural Zelito Ribeiro e do deputado estadual Zé Teixeira (DEM), que também é dono de propriedades rurais no estado.

Apenas Teixeira, porém, apareceu para dar sua versão dos fatos. Todos os nomes, incluindo o deputado, não tinham obrigação de prestar esclarecimentos e poderiam apenas enviar documentos, que foi a escolha de Nelson Cintra e Zelito Ribeiro. Os três foram citados em delação premiada pelos irmãos Batista, donos do grupo que controla o frigorífico.

Após ouvir o colega, o deputado estadual Paulo Corrêa decidiu por encerrar essa fase dos trabalhos, faltando apenas a entrega do relatório final. "Tomamos todas as providências, focamos nos Tares, onde efetivamente foram movimentados recursos oriundos de nosso Estado, provamos que não houve contrapartida da JBS", justificou.

Antes do encerramento, entretanto, o deputado Pedro Kemp (PT) sugeriu que a CPI ouvisse o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), ou que este se manifestasse por escrito sobre ter sido citado na delação.

"Considero fundamental uma manifestação do governador referente às denúncias que envolveram o seu nome. Acho que a CPI não pode encerrar os seus trabalhos sem a manifestação do governador sobre essas denúncias", justificou Kemp.

Após deliberação, ficou determinado que o chefe do Executivo estadual apresente sua versão por escrito, para que conste no relatório final. "Aprovamos que o governador apresente uma correspondência à CPI para que não paire dúvidas sobre nenhum processo que a CPI tenha aberto", disse Corrêa.

CPI - A Comissão Parlamentar de Inquérito foi instaurada para investigar a denúncia dos executivos da JBS, os irmãos Joesley e Wesley Mendonça Batista, além do diretor Ricardo Saud, do pagamento de diversas notas fiscais ‘frias’ emitidas por pessoas físicas ou jurídicas entre os anos de 2010 a 2017, sem o devido fornecimento de bens ou serviços, em contraprestação à suposta concessão indevida de benefícios fiscais pelo Estado de Mato Grosso do Sul.

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