Crise racha PMDB na Câmara e mais 2 declaram independência
A crise financeira da Prefeitura de Campo Grande rachou a bancada do PMDB na Câmara Municipal e mais dois vereadores declararam independência. Agor, a lista de neutros soma seis nomes, com a adesão de Paulo Siufi (PMDB) e Vanderlei Cabeludo (PMDB). Eles prometem “votar por Campo Grande”, mas sem subserviência ao prefeito Gilmar Olarte (PP).
Apesar de ambos evitarem classificações, é consenso entre os dois posições favoráveis e outras adversas ao prefeito. Siufi, por exemplo, não está do “lado dos médicos e da população” e declarou-se contrário ao corte das gratificações dos profissionais da saúde. “São benefícios que eles conquistaram ao longo da carreira”, justificou.
Tamanho seu descontentamento com o setor que o vereador sugeriu para o secretário municipal de Saúde, Jamal Salém, entregar o cargo. O conselho partiu por entender que o prometido não foi cumprido. “Não pode ter desmando, interferência, precisa ser ágil”, comentou, fazendo menção aos problemas enfrentados por Jamal.
Siufi, porém, promete dizer sim aos projetos de interesse da população, propostos por Olarte, e criticou quem decidiu lavar aos mãos no momento de crise e “jogar pedra no prefeito”. “Sou por Campo Grande, tudo que for bom vou votar”, afirmou. "Não estou contra o prefeito, mas ele precisa resolver”, emendou. “Agora, não vou ser covarde de jogar pedra no cara porque está vivendo momento ruim”, completou.
Da mesma forma, analisou Cabeludo. Ele frisou votar com o prefeito quando considerar positivo à população, mas promete se manifestar contra em caso de observar prejuízos. “Se isso for independente, sou indepentende”, declarou. “Não sou submisso, sou independente, sou legislativo”, anunciou Siufi.
Também do PMDB, a vereadora Carla Stephanini declarou-se independente no início da semana. Com ela estão Eduardo Romero (PTdoB), Chiquinho Tellles (PSD) e Chocolate (PP). Firme na oposição seguem os três representantes do PT, Thais Helena, Marcos Alex e Ayrton Araújo, além de Luiza Ribeiro (PPS), Cazuza e José Chadid (sem partido).
Reação – Percebendo a desconstituição da base, o prefeito decidiu agir. Com o convite para assumir sua liderança na Câmara, ele tenta atrair Chiquinho. Ao mesmo tempo, promete abrir espaço na administração aos aliados.