Debate sobre saúde tem polêmica envolvendo perguntas da plateia
A quebra de protocolo marcou o debate com o tema saúde entre os candidatos à Prefeitura de Campo Grande, realizado na noite desta quarta-feira (19) no auditório da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul). Participaram 3 candidatos a prefeito e 3 candidatos a vice.
Em determinado momento, a organização do debate decidiu poupar as perguntas dos conselheiros de saúde, que seriam feitas aos candidatos, como havia sido divulgado no início, gerando revolta de quem acompanhou as quase duas horas de discussão.
Vaias e protestos foram ouvidos até os candidatos intervirem e pedirem para a abertura de questões por parte da plateia.
Entre os candidatos a prefeito estavam Edson Giroto (PMDB), Sidney Melo (PSOL) e Suél Ferranti (PSTU). Os candidatos a vice Gilmar Olarte (PP), Athayde Nery (PPS) e Cabo Almi (PT) representaram Alcides Bernal, Reinaldo Azambuja (PSDB) e Vander Loubet (PT), respectivamente.
Marcelo Bluma, candidato pelo PV, informou que teve uma crise renal e não compareceu. Sua vice, Fernanda Fialho, já tinha outro compromisso e também não esteve presente.
Em uma das respostas aos conselheiros, o candidato do PMDB, Edson Giroto, afirmou que os servidores da saúde precisam de plano de carreira vertical e se comprometeu. “Amanhã registro em cartório para implantar o plano de carreira. Quem quer oferecer um bom serviço, tem que ter um plano de carreira”.
“Investindo na atenção básica de saúde vamos buscar qualificação e atendimento humanizado, com plano de carreira e remuneração. Teremos atendimento de urgência e emergência 24 horas”, completou.
O candidato na chapa petista, Cabo Almi, disse que pretende estabelecer o terceiro turno nos postos de saúde, contratando médicos e profissionais de várias especialidades, mas acabou cutucado por Suél Ferranti. “Só esqueceu falar do geriatra. A sociedade está ficando velha”, disse o representante do PSTU, arrancando gargalhadas da plateia.
Athayde Nery atacou a administração da Santa Casa, que acumula dívida milionária. “A Santa Casa é um ‘Iraque’ de Campo Grande, está sucateada, foi como entregar galinheiro para o lobo. Estamos entregue a sorte ou ao convênio, isso é agressão à inteligência”, comparou.
O candidato do PSOL, Sidney Melo, defendeu que recursos existem para investir. “O que é falta é gestão responsável para usar o recurso aplicado”, reclama. “A gestão dos recursos é o problema principal. Precisamos de um sistema de controle de capacitação, treinamento, incentivo, atendimento melhor e remuneração digna”, analisou Gilmar Olarte.
Os candidatos ainda responderam questões como violência doméstica, ampliação de postos de saúde e UBSF (Unidade Básica de Saúde Familiar), violência no trânsito, assistência social, combate às drogas e saúde mental.