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Política

Defesa de conselheiro diz que comissão deveria investigar também deputados

"Não acreditamos em acompanhamentos seletivos", diz a defesa do conselheiro Waldir Neves

Por Ângela Kempfer e Aline dos Santos | 16/05/2024 18:29
Neno Razuk com pedido de criação de comissão nas mãos. (Foto: Wagner Guimarães)
Neno Razuk com pedido de criação de comissão nas mãos. (Foto: Wagner Guimarães)

A defesa de Waldir Neves se manifestou por nota afirmando que não vê qualquer problema no pedido de criação de comissão temporária na Assembleia Legislativa para acompanhar inquérito contra os três integrantes do TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) afastados. "Pelo contrário, a comissão poderia ser permanente", diz o advogado Ronaldo Franco.

No entanto, ele alfineta os deputados dizendo que a comissão deveria "ter como atribuição o acompanhamento não apenas desse inquérito, mas de todos os inquéritos e ações penais envolvendo todos os conselheiros e deputados estaduais". "Até porque não acreditamos em acompanhamentos seletivos", completou.

A solicitação para criar a comissão foi apresentada pelo deputado Neno Razuk (PL), que é um dos deputados estaduais sob investigação atualmente. Alvo da operação Successione, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), Neno é suspeito de ser chefe de quadrilha que tentava assumir o comando do jogo do bicho em Campo Grande.

Outro a assinar o pedido foi o deputado  Jamilson Name, que em 2021 virou réu em processo derivado da 6ª fase da operação Omertà, contra organização criminosa para comandar a exploração a loteria ilegal na Capital e de usar a estrutura de empresa de títulos de capitalização para lavar dinheiro.

Com outras 13 assinaturas, a solicitação defende o acompanhamento do inquérito ou eventual processo sobre afastamento dos conselheiros Waldir Neves, Ronaldo Chadid e Iran Coelho, que ocorreu em dezembro de 2022, decorrente da operação Terceirização de Ouro, que apura licitações fraudulentas no TCE.

As denúncias contra so conselheiros estão no STJ (Superior Tribunal de Justiça), que ontem adiou pela 3ª vez a análise de processo derivado da Operação Mineração de Ouro, anterior à força-tarefa que afastou o trio do TCE. A demora atrapalha os planos da Assembleia, que depende da perda do cargo de um deles, para indicar o deputado Márcio Fernandes (MDB) para a cadeira na Corte de Contas.

Também aderiram ao pedido de acompanhamento o maior interessado, deputado Márcio Fernandes, além de Junior Mochi (MDB), Pedro Caravina (PSDB), Zeca do PT, Paulo Duarte (PSB), Lucas de Lima (PDT), Pedro Pedrossian Neto (PSD), Coronel David (PL), Antônio Vaz (Republicanos), Mara Caseiro (PSDB), Pedro Kemp (PT), Rinaldo Modesto (Podemos), Renato Câmara (MDB) e  Roberto Hashioka (União).

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