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Política

Deputado critica Ibama e defende dragagem pontual do Rio Paraguai

Paulo Duarte (PSB) usou a tribuna e disse que hidrovia é fundamental para economia

Por Fernanda Palheta | 04/09/2024 12:48
Deputado estadual Paulo Duarte (PSB) na tribuna da Assembleia durante a sessão ordinária desta quarta-feira (4) (Foto: Reprodução)
Deputado estadual Paulo Duarte (PSB) na tribuna da Assembleia durante a sessão ordinária desta quarta-feira (4) (Foto: Reprodução)

O deputado estadual Paulo Duarte (PSB) usou a tribuna da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) para defender a dragagem pontual do Rio Paraguai, no Pantanal. Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (4), o parlamentar criticou o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) por não autorizar o pedido do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para a retirada de sedimentos.

Para o deputado, a ação do Ibama é "intransigente". "A gente precisa falar sobre esse assunto, não pode ser decidido de cima para baixo, ou seja, as pessoas decidem em Brasília sem conhecer a realidade", disse. Duarte ainda ressaltou o pedido apresentado pelo Dnit tratar apenas de intervenções pontuais, sem afetar o leito do rio. "Há um radicalismo que não tem que haver em nenhum dos lados. Temos que respeitar o meio ambiente", completou.

Em agosto, o órgão apresentou um plano emergencial de dragagem que apontou em 18 pontos críticos na Tramo Sul do Rio Paraguai. Segundo o documento, a dragagem consiste em limpeza, desobstrução, remoção ou escavação de material do fundo de rios. Em resposta, o Ibama emitiu uma nota técnica solicitando estudo para a remoção de sedimentos nos pontos apontado pelo Dnit. Para o Ibama, a falta de estudos impede a avaliação adequada dos impactos ambientais e das medidas de mitigação necessárias.

"Eu não consigo entender porque a hidrovia é um modal de transporte usado em todo o mundo e só no Pantanal que não pode. O que isso significa? Condenar Corumbá ao isolamento econômico, porque se você não tem uma ferrovia que preste e você tem limitação da rodovia, vai escoar produção por onde?", questionou.

O parlamentar defendeu que a hidrovia é um modal sustentável que pode ser usado para o escoamento do minério de ferro. "Hoje nós temos aumento drástico do volume de tráfego na BR-262, que não foi preparada para isso. No aspecto ambiental, o tráfego de caminhões é pior, porque você tem emissão de gases do efeito estufa, além da morte e atropelamento de animais e acidentes que colocam em risco a vida das pessoas", aponta.

O presidente da Casa de Leis, deputado Gerson Claro (PP), afirmou que não adianta procurar culpado. "Temos que olhar a partir do hoje, do agora, criar políticas públicas e responsabilidades a partir daí, pois não vamos conseguir mudar a história do que já foi desmatado, mas daqui para frente sabemos que nós precisamos usar nossos rios para o desenvolvimento. Torná-los navegáveis, voltar políticas para as matas ciliares, agir com mais responsabilidade daqui para frente”, considerou.

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