Dnit cria plano emergencial de dragagem no Rio Paraguai em MS
O órgão encontrou 18 pontos críticos e outros 15 potencialmente críticos entre Corumbá e Porto Murtinho
O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) encontrou 18 pontos críticos na Tramo Sul do Rio Paraguai, que fica em MS. Conforme divulgado, nos próximos meses o departamento iniciará obras de dragagem entre Corumbá e Porto Murtinho.
A dragagem consiste em limpeza, desobstrução, remoção ou escavação de material do fundo de rios. Atualmente o serviço vem sendo realizado na trama norte do Rio Paraguai, que fica entre a cidade de Cáceres (MT) e Corumbá.
Na Tramo Norte foram removidos 110 mil metros cúbicos de sedimentos de sete dos 25 pontos críticos identificados. Quando a etapa de drenagem é terminada, o serviço avança para outro ponto crítico que seja identificado como prioritário.
Segundo previsão, a drenagem do rio deve ser realizada até dezembro. O serviço é realizado para que as equipes possam escavar, realizar a carga, transporte e descarte do material degradado. Conforme divulgado, a dragagem é realizada para que o canal de navegação tenha uma profundidade adequada para que o fluxo de atividades no rio se mantenha.
O mesmo trabalho está previsto para ser realizado na Tramo Sul do Rio Paraguai, que fica entre Corumbá e Porto Murtinho. Para que o serviço seja executado, será criado um plano de drenagem emergencial. Atualmente, o projeto passa por trâmites internos de contratação para definir a empresa que realizará a elaboração do plano.
Em Mato Grosso do Sul, a dragagem tem previsão de duração de até seis meses. Ainda é previsto que a ação deve promover a navegabilidade no Rio Paraguai de outubro de 2024 a setembro de 2025, mesmo em período de calada reduzida. No Estado, foram encontrados no Rio Paraguai 18 pontos críticos e 15 pontos potencialmente críticos.
Enquanto o serviço emergencial não inicia, o Dnit está se preparando para a realização de manutenção contínua e anual no Tramo Sul do Rio Paraguai. O órgão ainda está obtendo a Licença de Operação para tornar a atividade regular, como é realizada há mais de 20 anos no Tramo Norte.
Seca extrema - As águas da bacia hidrográfica do Paraguai continuam atingindo níveis extremamente baixos, que refletem a crise hídrica enfrentada pelo Pantanal de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Segundo mostra o boletim do SGB (Serviço Geológico Brasileiro), divulgado na quarta-feira (14), as marcas se aproximam dos piores recordes.
A "régua" de Ladário (MS), estação de referência para avaliação do Rio Paraguai, chegou a 16 centímetros, sendo que o esperado seria de 3,98 metros. O nível baixou 19 centímetros em apenas uma semana, destacou o Serviço Geológico. Em 1964, quando houve a maior crise hídrica na Bacia, o Rio Paraguai chegou à cota de -61 centímetros. A segunda cota mais baixa da história foi em 2021, com -60 centímetros.
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