Deputados articulam novo projeto para limitar captura do dourado
Intenção é estabelecer medidas para pesca do peixe em MS
Os deputados articulam um novo projeto, para limitar a pesca de dourado, nos rios de Mato Grosso do Sul, estabelecendo uma medida mínima e máxima, para captura da espécie, de acordo com estudo feito pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).
Depois que os deputados rejeitaram a proposta de proibir a pesca do dourado, por oito anos, nos rios do Estado, eles estão buscando um "meio termo", que atenda tanto a proteção do peixe, em relação a extinção da espécie, mas que também não prejudique a renda dos pescadores.
"O que vamos definir é um intervalo de captura, que baseado em estudo dos órgãos competentes, vai nos mostrar a medida mínima (captura) do peixe, quando ele está em reprodução e a máxima, que são os chamados reprodutores", explicou o deputado Herculano Borges (SD), que ficará a frente do projeto.
Ele ressalta que desta vez vai ser ouvir os dois lados. "Iremos dar voz aos pescadores e ambientalistas, estabelecendo critérios para pesca, mas sem proibi-la, assim se faz justiça social", garante o deputado, que já tinha tentado "emplacar" esta proposta, como emenda ao projeto antigo, que foi rejeitado.
Herculano ressaltou que este novo projeto só será apresentado após o estudo feito pelo Imasul, até para que na matéria já tenha se definido quais serão as medidas do peixe, que serão permitidas para sua captura.
Retorno - O deputado Beto Pereira (PSDB), autor do projeto que proibia a pesca do dourado, ressaltou que vai buscar mais embasamento e estudo sobre a situação e que deve apresentar a mesma proposta, para restrição em oito anos, no ano que vem. "Vou envolver a comunidade científica e mostrar a defesa, não desisti da proibição".
Ontem (07) em votação apertada, que contou com o "voto de minerva" do presidente da Assembleia, o deputado Junior Mochi, a proposta que proíbia a pesca, comercialização, transporte, embarque e a industrialização da espécie, foi rejeitada pelos parlamentares, sendo arquivada. A matéria ficou seis meses em discussão no legislativo.