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Política

Deputados criticam paralisação de obra, com manutenção de pedágio

Reunião sobre o tema vai ocorrer hoje a tarde em Brasília

Leonardo Rocha | 25/04/2017 12:55
Deputados Onevan de Matos e João Grandão fizeram críticas a paralisação da obra (Foto: Victor Chileno/ALMS)
Deputados Onevan de Matos e João Grandão fizeram críticas a paralisação da obra (Foto: Victor Chileno/ALMS)

 Os deputados criticaram a decisão da empresa CCR MS Via, de paralisar a obra de duplicação na BR-163, e ainda manter a cobrança do pedágio. Eles usaram a tribuna para solicitar uma solução para o impasse, nem que seja a realização de uma nova licitação.

"Não vamos ficar calados diante deste impasse, O mínimo que se espera, enquanto as obras estiverem paralisadas, é a imediata suspensão da cobrança de pedágios", disse o vice-presidente da Assembleia, o deputado Onevan de Matos (PSDB).

O tucano ainda lembrou das demissões dos funcionários, que estavam trabalhando na duplicação da rodovia BR-163. "Temos um grave problema de infraestrutura e de não cumprimento de contrato de licitação, não podemos esquecer dos mais de 2 mil pais de família que estarão desempregados e amargarão severas dificuldades", ponderou.

O deputado João Grandão (PT) resaltou que é preciso buscar uma solução, nem que seja uma nova licitação para contratar outra empresa. Ele lembrou que já foi marcado para o dia 24 de maio, uma audiência pública para discutir o tema na Assembleia, com a participação de representantes da CCR MS Via e da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

O líder do Governo, Rinaldo Modesto (PSDB), aproveitou para dizer que o executivo estadual está trabalhando para buscar uma solução, tanto que tem uma reunião hoje (25), em Brasília, com o ministro dos Transportes, Maurício Quintella Lessa, para discutir o tema, com a participação da bancada federal.

"O governo não está de braços cruzados, tem esta reunião em Brasília justamente para ter uma posição da União, mas entendo que enquanto a obra estiver parada, não se pode cobrar pedágio. Além disto, existe muita coisa a se fazer nesta duplicação", disse o tucano.

Obra - A CCR MSVia suspendeu as obras de duplicação, pedindo uma revisão no contrato, alegando que desde a assinatura, as condições econômicas do país mudaram, as taxa de juros subiram de 5% para 7,5% no período e em 2013, quando as projeções foram feitas, o Brasil não passava pelas dificuldades, que iniciaram em 2014.

Este contrato assinado em março de 2014, exige que as obras estejam terminadas até o quinto ano da concessão, ou seja, 2020. Porém, a CCR propõe que haja duplicação de 400 km até o décimo e 15º ano de concessão. A BR-163 tem 806 km de duplicação para ser realizado em Mato Grosso do Sul.

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