Deputados dizem que vão promover debates antes de votar reforma em MS
Governador deve enviar projeto ainda neste ano
Os deputados estaduais disseram que vão promover um debate com sindicatos, servidores públicos e sociedade civil, antes de votar projeto de reforma da previdência, em Mato Grosso do Sul. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) revelou que pretende encaminhar a matéria ainda este ano, em uma ação conjunta com a União.
"Se trata de um assunto complexo, mas temos que admitir que a previdência está deficitária e a conta não fecha, ninguém quer perder direitos, por isso o tema deve ser tratado com franqueza, mostrando os números para a população", disse Rinaldo Modesto (PSDB), líder do Governo, na Assembleia Legislativa.
Para o deputado Cabo Almi (PT) é dever dos parlamentares realizarem um "grande debate" com os segmentos da sociedade e categorias. "A reforma será discutida em nível nacional e os estados não ficarão alheios ao assunto, vamos promover a discussão com responsabilidade, não apenas dizer que é contra apenas por ser contra", avaliou o petista.
Renato Câmara (PMDB) ponderou que assim que for enviado o projeto (reforma) do governo estadual, então vai começar o diálogo intenso sobre o assunto. "Vamos procurar o melhor para todos, acredito que é preciso ter bom senso, ouvir todos os lados, antes de decidir".
Já Amarildo Cruz (PT) acredita que a reforma (previdência) vai gerar um embate com os sindicatos e servidores públicos. "Entendo como um retrocesso e terá sua devida reação. Foram muitos anos de busca de direitos e garantias e no final a conta fica para o servidor pagar? Será um debate intenso em todo País, no qual vou me posicionar contra (reforma)".
Projeto - O governador já adiantou que vai promover a reforma da previdência em Mato Grosso do Sul, em ação conjunta com a União, enviando o projeto ainda neste ano. O tucano ponderou que ainda não definiu se o aumento do índice de 11% para 14% na contribuição, seria suficiente para conseguir o equilíbrio das contas no futuro.
Reinaldo tem dito que o tema é prioridade, em função do crescente déficit da previdência social, que chegará a R$ 738 milhões este ano. Ele adiantou que vai chamar os sindicatos para conversar, mostrar a situação financeira, antes de definir as mudanças no Estado.