Desafio agora é saber o orçamento real da Prefeitura, diz Marquinhos
Prefeito eleito falou sobre previsões de receita diferentes da Prefeitura
Com o trabalho de transição no início, o maior desafio da futura gestão municipal, agora, é saber de fato qual o orçamento de 2017 de Campo Grande. A avaliação é do prefeito eleito, Marquinhos Trad (PSD), em entrevista ao Campo Grande News nesta quinta-feira (17).
Segundo ele, a princípio, a atual administração municipal informou previsão de arrecadação de R$ 3,5 bilhões. Depois, calculou receitas de R$ 3,4 bilhões e R$ 3,1 bilhões, o que dificulta saber quanto, a nova gestão terá para tocar a cidade ano que vem.
“Conseguimos levantar ainda muito pouco. (A transição) Está em fase embrionária, levantando os dados. Se a própria Prefeitura se desentende com os números, porque ora publica o orçamento 3,5 bilhões, ora 3,4 bilhões e agora já está em R$ 3,1 bilhões, fica difícil”, diz Marquinhos.
Desde que se elegeu prefeito, as equipes de transição da atual e futura administração tiveram duas reuniões e, daqui até a posse, em 1º de janeiro, “serão inúmeras”. Tudo para descobrir a real situação do Município e o que o novo prefeito enfrentará no primeiro ano de gestão.
Sobre a diferença na previsão de arrecadação, Marquinhos falou que conversará com os técnicos para saber o motivo. “Não é uma diferença superficial e pequena. O erro foi de meio bilhão, nós vamos ver onde houve equívoco deste tamanho”.
Independente da previsão do orçamento para 2017, o prefeito eleito afirma que administrará a cidade “dentro da responsabilidade de lei fiscal”. “Eu não vou gastar mais do que arrecadar. Não vou endividar ninguém. Não vou aumentar impostos. Essa política nunca deu certo, a não ser, um alívio enganoso do administrador junto com a população”, afirmou.
Reforma e corte – Como havia dito anteriormente, o novo chefe do Executivo Municipal disse que verificará, ao fim da transição, quais foram as secretarias municipais que trouxeram benefícios para a cidade e quais foram criadas apenas para “acomodação ou para cumprimento de compromissos. “Estas serão imediatamente eliminadas. Até porque, o que nós precisamos não é apenas a nomenclatura, mas uma pasta que efetivamente cumpra aquilo que se propôs”.
Não descartou também eventual corte de pessoal nas secretarias. Segundo Marquinhos, será analisado o quanto o número atual de servidores impacta na folha de pagamento da Prefeitura e se houve crescimento de cargos em comissão. “Temos que ver a finalidade de tantos funcionários dentro de uma determinada secretaria. Isto será analisado”.
Ainda mantendo mistério sobre os nomes de seu primeiro escalão, Marquinhos diz apenas que os secretários serão técnicos das áreas. “Eles vão passar pelo que chamo de nomenclatura Chalc, que é conhecimento, honestidade, atitude, lealde e competência”. De acordo com o prefeito eleito, já há “vários nomes”, mas ele prefere não divulgar, mantendo a previsão de anúncio para a primeira quinzena de dezembro.
Ontem, ele citou nomes como Ricardo Ayache, presidente da Cassems (Caixa de Assistência de Mato Grosso do Sul), e, Américo Calheiros, presidente da Fundação Municipal de Cultura nas duas gestões do ex-prefeito André Puccinelli entre 1997 e 2005. Não disse que eles serão secretários, apenas que são bons nomes para Campo Grande.