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Política

Diferente de Bernal, Câmara ouviu e atendeu servidor, diz presidente

Michel Faustino | 06/04/2016 14:52
Vereadores durante reunião na noite de ontem com representantes de diversas categorias que representam os servidores públicos municipais. (Foto: Alan Nantes)
Vereadores durante reunião na noite de ontem com representantes de diversas categorias que representam os servidores públicos municipais. (Foto: Alan Nantes)

O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador João Rocha (PSDB), voltou a defender que os vereadores agiram dentro da legalidade e dialogando com todas as categorias do funcionalismo público, que em sua maioria pediram a rejeição de projeto de reajuste salarial de 9,57%, proposto pelo prefeito, Alcides Bernal (PP).

“Nós demos um prazo para o Executivo rever o projeto e encaminhar os documentos para nos subsidiar na votação, mas a Prefeitura nem contato fez conosco. Diferente do Bernal, a gente se reuniu várias vezes com os servidores e seguimos a vontade esmagadora deles que era vetar esse projeto”, disse.

A sessão aberta durante a manhã desta terça-feira (05), foi suspensa e só chegou ao fim durante a noite, por volta das 21 horas. Representantes de diversas categorias fizeram uso da tribuna a criticaram a postura da Prefeitura.

Conforme as categorias, não houve diálogo com a Prefeitura, que propôs reajuste escalonado de 9,57%, com parcelamento para maio e dezembro.

A proposta foi rejeitada com 26 votos contrários e apenas um favorável, do vereador Cazuza (PP), aliado e correligionário do prefeito Alcides Bernal.

Durante a sessão, os parlamentares ainda aprovaram, por unanimidade, projeto de lei que dispõe sobre a criação de tabela salarial de técnico de enfermagem e auxiliar de enfermagem, além do projeto, também do Executivo, que dispõe sobre a criação da tabela salarial dos enfermeiros no quadro de remuneração dos servidores públicos de Campo Grande.

Críticas - Hoje pela manhã, o prefeito Alcides Bernal afirmou que só pode oferecer 2,79% de reajuste aos servidores municipais e chegou a culpar os vereadores por não aprovarem o índice de 9,57%, considerado pela Prefeitura o maior do País,e que agora a legislação eleitoral limitou a reposição salarial ao índice inflacionário do ano da eleição.

Por sua vez, Rocha refutou a declaração do prefeito e afirmou que em nenhum momento os vereadores estimularam os servidores a rejeitarem o índice oferecido ou a fazerem greve, o que seria uma atitude politiqueira.

Segundo ele, essa situação demonstra a má vontade do prefeito com os servidores, pois o projeto foi encaminhado à Câmara com uma série de problemas que geraram questionamentos, como por exemplo, sobre o impacto financeiro da folha de pagamento.

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