Dilma se pronuncia no processo que julga seu afastamento na segunda-feira
Esta será a primeira vez que ela se defenderá pessoalmente
A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) deve falar pessoalmente no Senado, nesta segunda-feira (29), a partir das 8 horas de Mato Grosso do Sul. Esta será a primeira vez que ela se manifestará no processo de impeachment. Até então, a defesa tem sido feita pelo advogado e ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
No Senado, Dilma terá 30 minutos, período que pode ser prorrogado a critério do presidente da sessão, Ricardo Lewandowski, para apresentar seus argumentos aos parlamentares.
Segundo informações da Agência Senado, acompanhará a presidente afastada, além de Cardozo, outros ex-ministros de seu governo, assessores e aliados do PT, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao todo oito testemunhas haviam sido convocadas para depor no julgamento da presidente afastada. Pela acusação, foram o procurador junto ao TCU Júlio Marcelo de Oliveira, ouvido por fim como informante, e o ex-auditor fiscal Antonio Carlos Carvalho.
As outras seis foram de defesa: o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, o jurista Geraldo Prado, o ex-ministro Nelson Barbosa, a ex-secretária do Ministério do Planejamento Esther Dweck, o ex-secretário-executivo do Ministério da Educação Luiz Cláudio Costa e o jurista Ricardo Lodi.
O depoimento da presidente afastada encerra a fase da instrução do processo de impeachment. A partir daí, o julgamento entra na etapa final com os debates entre a acusação e a defesa, as manifestações dos senadores e o voto — que será nominal e aberto.