Dnit desiste de indicar filho de general e continua sem superintendente
O senador Delcídio Amaral (PT) informou que o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) deve continuar sem superintendente por alguns dias. O senador se reuniu com o diretor do Dnit, general Jorge Fraxe, e pediu um cuidado com a indicação do novo superintendente em Mato Grosso do Sul.
“Coloquei para ele as minhas preocupações e encaminhamentos feitos por parte da bancada, pelo governador André Puccinelli e por mim. Como tudo que a gente faz, tem uma lógica e razoabilidade, não podemos ser surpreendidos com indicação que a gente não tem noção de quem partiu e quem são as pessoas que o Governo está pretendendo indicar”.
Delcídio confirmou que o diretor nacional do Dnit pretendia indicar o engenheiro formado em Mato Grosso do Sul, José Luiz Viana, para o cargo, mas recebeu a garantia de que a indicação será feita com um critério maior: “O general resolveu dar uma segurada para analisar estas coisas todas, porque tem boi na linha. Precisamos olhar melhor a luz de todo o histórico do processo. Jabuti em árvore, ou é enchente, ou mão de gente. Acho que este é mão de gente”.
A cúpula do Dnit foi punida com demissão em processo administrativo disciplinar no dia 2 de janeiro. Na ocasião, foram demitidos o superintendente, Marcelo Miranda, o chefe do Serviço de Engenharia, Guilherme Alcântara de Carvalho, e Carlos Roberto Milhorim, chefe do Dnit em Dourados.
O engenheiro Carlos Antônio Marcos Pascoal era o indicado da bancada federal de Mato Grosso do Sul para o cargo, mas sua posse foi suspensa depois que o Campo Grande News divulgou que ele passou por investigação no TCU (Tribunal de Contas da União). Pascoal é investigado por irregularidades em três contratos de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na BR-163, na divisa de Mato Grosso com o Pará. A investigação envolve recursos de R$ 500 milhões. No dia 31 de janeiro ele foi designado para a ouvidoria do órgão federal em Mato Grosso do Sul.