Em adesivagem, movimentos criticam STF e pedem impeachment de ministros
O grupo de aproximadamente dez manifestantes manteve a tradição e se vestiu com camiseta azul e amarela
Alguns manifestates foram às ruas na manhã deste domingo (17) para protestar contra decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que permitiu condenado em 2ª instância responda em liberdade até o fim do processo. Durante a adesivagem com buzinaço na Avenida Afonso Pena, próximo à Rua 14 de Julho, em Campo Grande, representantes de movimentos pediram o impeachment dos ministros Gilmar Mendes e Dias Tofolli.
Protestos foram marcados para ocorrer simultaneamente em mais de 20 cidades brasileiras e na Capital, o grupo de aproximadamente 10 pessoas se vestiu com as cores da bandeira do Brasil.
Segundo a coordenadora do Movimento Pátria Livre e QG Voluntários do Bolsonaro, Sirlei Ratier, motoristas que passavam pela via apoiavam o ato e adesivaram os carros com as frases: “PEC prisão em 2ª instância já!” e “Impeachment Gilmar Mendes já!” “Estamos nessa batalha desde 2013 e não vamos desistir”. O grupo levou para o ato cerca de 800 adesivos.
Compartilha da mesma opinião a professora Fabrícia Sales. “O STF está ameaçando a democracia no posicionamento que vem tomando e trazendo insegurança jurídica. O ministro Gilmar Mendes anda extrapolando muito”.
A professora faz parte de um grupo chamado de “Robôs” que vai replicando e divulgando nas redes sociais tudo o que sai sobre o assunto no Brasil inteiro. “A população mudou. O Brasil mudou. O povo está raciocinando, tendo opinião própria”, afirmou. À partir das 17h o grupo retorna para a rua com concentração em frente ao Obelisco.
“A decisão do STF não foi um ato jurídico. Foi um ato político para mudar o entendimento que já estava consolidado dando liberdade para mais de 5 mil presos. 99% das pessoas que passam por aqui são contra a decisão do Supremo Tribunal Federal”, discursou a advogada Cristiane Ilgenfritz, uma das organizadoras do evento.
Desde que se tornou o principal crítico da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar Mendes passou a receber ataques de políticos e militantes de grupos conservadores. Ironicamente, há poucos anos o ministro era um dos alvos preferidos de políticos e militantes da esquerda. Insatisfeitos com ataques de Gilmar à Operação Lava-Jato e com sua mudança de posição sobre a prisão em segunda instância - ele era favorável à prisão logo após a segunda instância, mas mudou seu entendimento na votação da semana passada -, querem que o ministro seja deposto.
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