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Política

Em adesivagem, movimentos criticam STF e pedem impeachment de ministros

O grupo de aproximadamente dez manifestantes manteve a tradição e se vestiu com camiseta azul e amarela

Viviane Oliveira | 17/11/2019 11:06
Faixa pede impeachment de Gilmar Mendes e Dias Toffoli (Foto: Marcos Maluf)
Faixa pede impeachment de Gilmar Mendes e Dias Toffoli (Foto: Marcos Maluf)

Alguns manifestates foram às ruas na manhã deste domingo (17) para protestar contra decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que permitiu condenado em 2ª instância responda em liberdade até o fim do processo. Durante a adesivagem com buzinaço na Avenida Afonso Pena, próximo à Rua 14 de Julho, em Campo Grande, representantes de movimentos pediram o impeachment dos ministros Gilmar Mendes e Dias Tofolli. 

Protestos foram marcados para ocorrer simultaneamente em mais de 20 cidades brasileiras e na Capital, o grupo de aproximadamente 10 pessoas se vestiu com as cores da bandeira do Brasil.

Segundo a coordenadora do Movimento Pátria Livre e QG Voluntários do Bolsonaro, Sirlei Ratier, motoristas que passavam pela via apoiavam o ato e adesivaram os carros com as frases: “PEC prisão em 2ª instância já!” e “Impeachment Gilmar Mendes já!” “Estamos nessa batalha desde 2013 e não vamos desistir”. O grupo levou para o ato cerca de 800 adesivos.

Compartilha da mesma opinião a professora Fabrícia Sales. “O STF está ameaçando a democracia no posicionamento que vem tomando e trazendo insegurança jurídica. O ministro Gilmar Mendes anda extrapolando muito”.

A professora faz parte de um grupo chamado de “Robôs” que vai replicando e divulgando nas redes sociais tudo o que sai sobre o assunto no Brasil inteiro. “A população mudou. O Brasil mudou. O povo está raciocinando, tendo opinião própria”, afirmou. À partir das 17h o grupo retorna para a rua com concentração em frente ao Obelisco.

Integrante de movimento adesivando carros na Avenida Afonso Pena (Foto: Marcos Maluf)
Integrante de movimento adesivando carros na Avenida Afonso Pena (Foto: Marcos Maluf)

“A decisão do STF não foi um ato jurídico. Foi um ato político para mudar o entendimento que já estava consolidado dando liberdade para mais de 5 mil presos. 99% das pessoas que passam por aqui são contra a decisão do Supremo Tribunal Federal”, discursou a advogada Cristiane Ilgenfritz, uma das organizadoras do evento.

Desde que se tornou o principal crítico da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar Mendes passou a receber ataques de políticos e militantes de grupos conservadores. Ironicamente, há poucos anos o ministro era um dos alvos preferidos de políticos e militantes da esquerda. Insatisfeitos com ataques de Gilmar à Operação Lava-Jato e com sua mudança de posição sobre a prisão em segunda instância - ele era favorável à prisão logo após a segunda instância, mas mudou seu entendimento na votação da semana passada -, querem que o ministro seja deposto.

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