Em Barretos, governador estuda convênio com Hospital do Câncer
Reinaldo Azambuja quer dobrar o número unidades móveis do hospital para garantir cobertura em todas as cidade de MS
Em viagem ao interior de São Paulo, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) se reuniu na manhã deste sábado (2) com a diretoria do Hospital de Câncer de Barretos, em busca de alternativas para que as duas unidades do hospital em Mato Grosso do Sul não fechem as portas. Na reunião, que durou quase quatro horas, a equipe médica reiterou que são necessários R$ 350 mil por mês para manter os serviços em Campo Grande e carecem do mesmo valor para o núcleo de Nova Andradina, a 300 km da Capital.
Conforme o secretário estadual de Saúde, Nelson Tavares, que também participou do encontro, o Governo do Estado sinalizou ajuda para manter o Instituto de Prevenção Antônio Morais dos Santos, unidade em Campo Grande do Hospital de Câncer de Barretos, e também a unidade do interior. "Conversamos bastante e o governador se mostrou disposto a ajudar. Agora vamos estudar as possibilidades", afirmou o secretário.
"Nossa intenção é, inclusive, ampliar o número de unidades móveis do hospital para garantir cobertura aos 79 municípios do Estado", revelou Tavares. Atualmente, duas unidades móveis auxiliam nos diagnósticos de câncer de mama e colo de útero em várias cidades - número que poderá ser ampliado para quatro.
Ao Campo Grande News, Tavares adiantou ainda que um dos diretores do hospital, Dr Rafael Haikel, virá à Capital na próxima semana para dar prosseguimento a um possível convênio com o governo. Conforme o médico, a Prefeitura de Campo Grande garantiu aporte mensal de 90 mil, porém o valor é insuficiente. Já o secretário de saúde ressaltou que o Estado cumpre papel coadjuvante, já que a gestão plena da saúde na Capital cabe à Prefeitura. "Mas estamos dispostos a ajudar, como sempre", finalizou.
Durante a manhã, os sul-mato-grossenses visitaram toda a estrutura do hospital em Barretos, acompanhados do presidente da instituição, Henrique Prata, equipe médica e diretores. Junto do governador e secretário também estava o prefeito de Nova Andradina, Roberto Hashioka Soler (PMDB), acompanhado do responsável pela unidade da cidade, que demonstrou disposição para ajudar. O governador e demais gestores devem retornar de Barretos logo mais, pela tarde.
Histórico - Por problemas financeiros, o Instituto corria o risco de encerrar as atividades em Mato Grosso do Sul. Por isso, além de negociar com o Poder Público, a administração da unidade recorreu ao MPE (Ministério Público Estadual) e à Assembleia Legislativa para pressionar acordo com o município e o Estado. Nesta sexta-feira (2), o prefeito Alcides Bernal (PP) esteve na unidade de Campo Grande, onde assinou convênio se comprometendo com o repasse mensal. O Governo do Estado deve fazer o mesmo.