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Política

Em convenção, Puccinelli assume PMDB e recebe pressão para se tornar candidato

Ex-governador manifestou ao Campo Grande News interesse em ficar fora da disputa, mas partido o coloca como principal opção de pré-candidatura ao governo do Estado em 2018

Humberto Marques | 01/12/2017 18:50
Puccinelli assume neste sábado o comando do PMDB; partido o quer na disputa de 2018. (Foto: Humberto Marques)
Puccinelli assume neste sábado o comando do PMDB; partido o quer na disputa de 2018. (Foto: Humberto Marques)

O PMDB realiza às 8h deste sábado (2), na sede de campo da Associação Nipo-Brasileira –na avenida Ministro João Arinos, região do Cidade Jardim–, conferência estadual na qual vai homologar o nome do ex-governador André Puccinelli como presidente regional do partido. Será um momento tanto para mostrar que o partido se organiza para a disputa eleitoral de 2018 como de apoio a Puccinelli, alvo da Justiça e da Polícia Federal na operação Papiros de Lama.

A direção da agremiação será dividida com algumas das principais lideranças peemedebistas no Estado, que também devem usar o evento para manifestar a disposição de ter Puccinelli como pré-candidato ao governo do Estado em 2018.

Milhares de filiados ao PMDB de todo o Estado, entre delegados e lideranças, são aguardados no local do evento, a fim de prestigiar a posse de Puccinelli e reforçar os apelos pelo seu ingresso na disputa eleitoral do ano que vem. Em entrevista ao Campo Grande News no início da semana, o ex-governador afirmou que assume o posto “a convite dos aliados”.

“Não insisti, deixei o partido livre”, destacou o governador. “E todos mantiveram o pedido; Deputados, senadores, prefeitos, vice-prefeitos e lideranças pediram para eu tocar o partido”. A meta, reforçou Puccinelli, será fortalecer o PMDB visando as próximas eleições –discurso feito por ele em vídeo, que circula nas redes sociais, convidando os peemedebistas para o evento.

O ex-governador reforça que a intenção da cúpula regional é atrair para perto dirigentes municipais, bem como reforçar os quadros da legenda. Por isso, o evento deste sábado terá entre seus atrativos filiações de lideranças da Capital e do interior.

Entre as metas para o ano que vem, está a elaboração de um plano de metas para o Estado, a serem encampadas pelos futuros candidatos. Mesmo que ele rejeite ser “o plano” para o ano que vem –como definiu o deputado estadual Márcio Fernandes.

Escalação – No início da semana, a composição da chapa para presidir o PMDB tinha, além de Puccinelli, os senadores Waldemir Moka e Simone Tebet como primeiro e segundo vices-presidentes, respectivamente. A terceira vice ficará com o deputado federal Carlos Marun.

O deputado estadual Renato Câmara foi indicado para a Secretaria-Geral, e Antonieta Amorim, sua coelga na Assembleia Legislativa, será a secretária-adjunta. O hoje presidente do PMDB e presidente da Assembleia, Junior Mochi, assume a Tesouraria-Geral, tendo como segundo tesoureiro o colega Paulo Siufi.

Completam a cúpula, como vogais, os deputados estaduais Eduardo Rocha e Márcio Fernandes, a presidente do PMDB Mulher, Carla Stephanini, e Ernesto Ourives (atual primeiro-tesoureiro). Mário Davi Cogo (segundo tesoureiro), Ulisses Rocha e os vereadores Wilson Sami e Loester Nunes serão os vogais suplentes.

Adiamento – A convenção do PMDB havia sido agendada para 18 de novembro, mas foi adiada porque, quatro dias antes, Puccinelli foi um dos presos na operação Papiros de Lama, a quinta fase da Lama Asfáltica. Ele permaneceu menos de 24 horas detido, sendo liberado por um habeas corpus expedido pelo TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região).

A prisão, porém, em pouco influenciou a disposição de lideranças peemedebistas em contarem com Puccinelli no comando do partido. Foram várias reuniões desde o adiamento, na qual, conforme apurou a reportagem, intensificaram-se pedidos para que o ex-governador assumisse o PMDB, algo já costurado antes mesmo da Papiros de Lama.

O discurso adotado envolve desde trechos da decisão do desembargador federal Paulo Fontes –que sublinham alegações da defesa envolvendo um pedido de prisão preventiva feito sem que uma denúncia fosse formalizada desde o início da Lama Asfáltica, fato citado pelo próprio Puccinelli– até o fato de que o ex-governador segue como o principal nome do partido.

Cerca de quatro dias após a prisão, Puccinelli retomou a agenda normal do partido, participando de reuniões no Diretório Regional e recebendo lideranças políticas. “Segue a vida”, resumiu o ex-governador à reportagem.

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