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Política

Flagrado em diálogo sobre ‘dica de fraude’, Orro remarca depoimento

Audiência na Corregedoria foi remarcada para quarta-feira, dia 7

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 01/12/2016 10:23
Deputado Felipe Orro (à esquerda) e Maurício Picarelli, ambos PSDB, em sessão na quinta-feira, dia 24 de novembro. (Foto: Roberto Higa e Victor Chileno/ALMS)
Deputado Felipe Orro (à esquerda) e Maurício Picarelli, ambos PSDB, em sessão na quinta-feira, dia 24 de novembro. (Foto: Roberto Higa e Victor Chileno/ALMS)

Com depoimento marcado para esta quinta-feira (1º), na Corregedoria da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o deputado Felipe Orro (PSDB) não compareceu à audiência, alegando outro compromisso. O parlamentar foi gravado em uma conversa telefônica com Paulo Corrêa (PR), que sugere fraude na folha de frequência de servidores da casa de leis.

O argumento para falta ao depoimento foi uma agenda em Aquidauana, 135 km da Capital. Lá, segundo sua assessoria, o parlamentar participará de entrega de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no Bairro Cidade Nova. Marcado para as 9 horas, a audiência na Corregedoria foi remarcada para quarta-feira (7), no mesmo horário.

Na conversa, gravada em meados de 2015, mas divulgada somente em novembro deste ano, Corrêa sugere fraude no ponto de servidores, ao dizer para Orro colocar um controle de ponto, ”mesmo que seja fictício” de frequência dos funcionários do gabinete.

Ontem, a Corregedoria, que avalia se é caso de abrir comissão disciplinar contra os parlamentares, ouviu Paulo Corrêa. Ele não quis conversar com a imprensa, mas, o presidente da apuração, deputado Maurício Picarelli (PSDB), contou que Corrêa sustentou que a gravação da conversa foi ilegal, que nunca respondeu a qualquer denúncia e que “falou sem pensar”, ao mencionar “ponto fictício”.

Segundo Picarelli, depois de ouvir Orro, vai finalizar “o mais rápido possível” o relatório. A conclusão pode ser pelo arquivamento ou pela abertura de uma comissão disciplinar por quebra de decoro parlamentar. De qualquer forma, a demanda seguirá para o presidente da Assembleia, deputado Junior Mochi (PMDB), este sim, que baterá o martelo a respeito do caso.

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