Fora da base, MDB não vai gerar "entraves" aos projetos do governo
Sobre o ano que vem, deputados reeleitos ainda não definiram se voltam para base aliada
Sem definir se vão ficar na base do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), no seu segundo mandato, os deputados do MDB disseram que vão analisar “cada projeto” do governo de forma individual neste final do ano, avaliando se as mudanças serão benéficas ao Estado. No entanto admitem que não vão trazer “entraves” ou “problemas” para gestão tucana.
“Cada projeto será avaliado de forma individual e vamos continuar votando em favor do Estado. Se os projetos do governo atenderem estes critérios e foram importantes para o desenvolvimento estadual, vamos votar a favor. Não vamos criar problemas”, disse o deputado Junior Mochi (MDB), que também preside a Assembleia.
Mesma posição de Renato Câmara (MDB) que entende que independente de “questões partidárias”, a bancada vai votar com “responsabilidade”, pensando nas necessidades do Estado. “Iremos nos posicionar conforme o projeto, o que for para dar equilíbrio às contas públicas e administração não terá problemas”, explicou o parlamentar.
George Takimoto (MDB) disse que toda proposta será debatida dentro da bancada, para se chegar a um consenso. “Precisa ter muita tranquilidade quando se vota um projeto de mudanças para o Estado, observar e analisar com calma, principalmente no final do ano”, pontuou.
Base – Os deputados do MDB que foram reeleitos vão agendar uma reunião para definirem se vão ficar na base do governo, a partir de 2019. Neste grupo estão Márcio Fernandes, Renato Câmara e Eduardo Rocha. A bancada do partido vai reduzir de sete para apenas três parlamentares, na próxima gestão.
O partido participou de quase todo primeiro mandato de Azambuja na base aliada, sendo importante na votação de projetos polêmicos, como ajuste fiscal, teto de gastos e reforma da previdência. Eles deixaram o grupo de apoio em maio deste ano, para apoiarem a pré-candidatura de André Puccinelli (MDB) ao governo.
No segundo turno, o MDB preferiu apoiar de forma oficial o candidato Odilon de Oliveira (PDT), derrotado nas urnas. A parceria com os tucanos é antiga, estando presente nos dois mandatos de Puccinelli no governo, assim como na prefeitura municipal. Os emedebistas inclusive apoiaram Azambuja no segundo turno das eleições de 2014.
Dos três deputados reeleitos, Eduardo Rocha (MDB) já no segundo turno declarou apoio ao governador, enquanto que Renato (Câmara) preferiu ficar neutro, e Márcio seguiu ao lado do candidato do PDT. No legislativo a parceria possibilitou por exemplo os dois mandatos de Mochi a frente a Assembleia.