Força Nacional, Polícia Federal e professores aguardam Guajajara em ocupação
Indígenas também esperam por ministra dos Povos Originários
Três viaturas da Força Nacional e duas da Polícia Federal, além de grupo de indígenas e professores da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), aguardam chegada da ministra dos Povos Originários, Sonia Guajajara, em Rio Brilhante, cidade a 161 quilômetros de Campo Grande.
Acompanhada por comitiva vinda de Brasília, ela desembarcou na Capital por volta das 8h e foi recebida por políticos sul-mato-grossenses, como a deputada federal Camila Jara e a vereadora Luíza Ribeiro, ambas do PT. Sem outros compromissos, seguiu para Rio Brilhante, onde visita o território Laranjeira/Nhanderu que se encontra ocupada por Guaranis Kaiowá desde o início de março.
O proprietário das terras, José Raul das Neves, 85 anos, acompanhado pela esposa e filha, aguarda a ministra na esperança de conseguir conversar e expor seu lado da história. Ele alega que está na fazenda Do Inho há 60 anos e usa os 400 hectares para produzir 15 mil sacas de soja por colheita.
A família entrou com pedido de reintegração de posse na Justiça Federal e aguarda decisão. O fazendeiro, inclusive, é um dos dirigentes do PT em Mato Grosso do Sul e amigo pessoal do deputado estadual e ex-governador do Estado José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT.
Tanto que o parlamentar causou polêmica ao se posicionar contrário à ocupação e defender Raul durante sessão ordinária na Assembleia Legislativa. A fala acarretou onda de repúdio ao petista.
Agenda - À tarde, a comitiva vem para Campo Grande e se reúne com o governador do Estado, Eduardo Riedel (PSDB), bem como com parlamentares e lideranças sul-mato-grossenses. O intuito é discutir e alinhar tratativas em busca de solução ao conflito. Coletiva de imprensa ocorre às 17h30 no auditório do Imasul (Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul) para divulgar o resultado da agenda.