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Política

Fuga de senador boliviano derruba ministro brasileiro

Vinícius Squinelo | 26/08/2013 19:24

A crise política desencadeada pela chegada do senador boliviano Roger Pinto Molina, 53 anos, ao país derrubou o ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota. A presidente Dilma (PT) aceitou pedido de demissão do ministro e já indicou o embaixador Luiz Alberto Figueiredo, representante do Brasil na ONU (Organização das Nações Unidas) para ocupar o cargo.

Segundo informações da Agência Brasil, em nota à imprensa, a presidente Dilma Rousseff anunciou a indicação de Patriota para a Missão do Brasil na ONU e agradeceu a atuação do ex-ministro "nos mais de dois anos que permaneceu no cargo".
Nesta tarde, a presidente se reuniu com Antonio Patriota, no Palácio do Planalto, por cerca de 50 minutos.

A saída de Patriota ocorreu após o senador boliviano Roger Pinto Molina, que ficou abrigado por 15 meses na embaixada brasileira na Bolívia, ter vindo para o Brasil. Segundo a mídia nacional, a “operação” para a entrada do senador Molina no país, além de iniciar uma crise diplomática com a Bolívia, desagradou a presidente.

Corumbá - O senador boliviano, considerado “criminoso” na Bolívia, chegou ao Brasil após uma viagem de 21h e meia de carro, e a primeira cidade brasileira a colocar os pés foi em Corumbá, no território sul-mato-grossense. De Corumbá, o senador seguir, no sábado (24) de avião até Brasília (DF).

Pinto chegou ao Estado com ajuda do encarregado de negócios do Brasil em La Paz, ministro Eduardo Saboia. Na linguagem de diplomatas, um ministro da área está no último estágio antes de se tornar embaixador.

A entrada do senador boliviano em território brasileiro e a conduta de Saboia estão sendo investigadas pelo Itamaraty, que ainda tem que lidar com a crise diplomática iniciada com a estadia de Pinto no país.

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