Governo quer discutir a previdência e buscar um consenso, diz Marun
Intenção da base aliada é votar o projeto no mês de outubro
O deputado federal, Carlos Marun (PMDB), que faz parte da base aliada do presidente Michel Temer (PMDB), disse que o governo federal quer retomar a discussão da previdência, e buscar um consens no Congresso Nacional. A proposta deve voltar a pauta dos parlamentares, no mês de outubro.
Marun adiantou que esta programação pode ser alterada, se houver nova denúncia da Procuradoria-Geral da República, contra o presidente Michel Temer (PMDB), que teria que passar novamente pela avaliação dos deputados federais. "Esperamos que não haja esta ação, até para começarmos a discutir o que realmente interessa ao País, que são as reformas".
Ele adiantou que a ordem de discussão no Congresso está a reforma política, que precisa ser aprovada até o final do mês, para ser válida em 2018, assim como o Refis (Programa de refinanciamento de dívidas dos contribuintes), que pode gerar um perdão de até R$ 220 bilhões.
"Por esta agenda, a reforma da previdência volta a ser discutida em outubro, sabemos que por estar parada há três meses, precisamos nos reunir e voltar a conversar com os parlamentares", disse Marun.
O deputado reconhece que a base aliada não tem os 308 votos necessários para sua (reforma) aprovação, mas está disposta a fazer algumas alterações, para viabilizar o projeto no plenário. "Mudanças podem ocorrer para termos consenso".
Projeto - A proposta já sofreu alterações no texto original enviado por Michel Temer (PMDB). A idade mínima para as mulheres ficou em 62 anos, porém ao homens continuou 65. O tempo de contribuição diminuiu de 49 (anos), para 40, além disto foram apresentadas regras especiais, que privilegiam os professores, policiais e trabalhadores rurais.
No caso dos policiais federais e legislativo eles terão idade mínima (aposentadoria) de 55 anos, tendo tempo de contribuição de 30 (anos) para homens, com pelo menos 20 de atividade policial, e 25 para as mulheres, com 15 (anos) exercendo a profissão. Estas regras podem ser de parâmetro aos policiais estaduais (militar e civil).
Aos professores a idade mínima será de 60 anos, com 25 de contribuição, enquanto que aos trabalhadores rurais a contribuição será de 20 (anos), com idade mínima de 60 para os homens. Já as mulheres 57 (anos), contribuindo no mínimo por 15 anos.