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Política

Governo só reduz ICMS do diesel se caminhoneiros liberarem estradas

O governador reuniu-se com os deputados estaduais e impõe condições para dialogar sobre redução do imposto

Izabela Sanchez e Leonardo Rocha | 29/05/2018 13:14
Junior Mochi (MDB) comunicou as condições impostas pelo governo para dialogar com os caminhoneiros (Leonardo Rocha)
Junior Mochi (MDB) comunicou as condições impostas pelo governo para dialogar com os caminhoneiros (Leonardo Rocha)

O governador do Estado Reinaldo Azambuja (PSDB) declarou, nesta terça-feira (29) estar disposto a reduzir o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do diesel, mas impõe condições, entre elas que os caminhoneiros terminem a greve e liberem as estradas. As tratativas ocorreram nessa manhã durante reunião a portas fechadas entre o governador e deputados estaduais.

As informações são do deputado Junior Mochi (MDB). Conforme explicou, o governo está aberto ao diálogo. Hoje o ICMS está em 17%. Além disso, outra condição é que a redução chegue de fato às bombas de combustível. Mochi ilustrou a questão ao falar da redução que ocorreu entre 2015 e 2016, que não provocou consumo de diesel e que não refletiu nos preços dos postos.

Ainda segundo o deputado, nas últimas 72h apenas dois caminhões chegaram a Mato Grosso do Sul. O governo também discute a queda da arrecadação em razão da greve, e não descarta reduzir os duodécimos, despesas repassadas aos poderes estaduais.

“Olha se realmente o governo não tiver um,a arrecadação, tiver muito prejuízo, os poderes vão ter que sentar com o governo e rediscutir”, comentou Mochi.

Decreto – O governo do Estado avalia decretar emergência. O decreto, que deve ser publicado em Diário Oficial na quarta-feira (30), prevê o uso de forças policiais, inclusive com a convocação de agentes de férias, para desbloquear rodovias estaduais por onde caminhões de cargas estejam sendo impedidos de passar.

O Executivo estadual também autoriza comprar emergenciais, ou seja, sem a necessidade de abertura de licitação, para a “manutenção dos serviços públicos essenciais”.

Greve – A greve dos caminhoneiros pede a redução do preço do diesel e de outros combustíveis, e já chega ao 9º dia nesta terça. A greve causou colapso em várias cidades, prejudicando o abastecimento dos tanques dos postos de combustíveis e também o desabastecimento parcial de supermercados, além de ter tido impacto no transporte coletivo, indústria e comércio.

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