Grupo leva cartazes e acompanha votação sobre reajuste na prefeitura
Cartazes contrários ao aumento de salário do Prefeito e secretários são exibidos no Plenário, enquanto “buzinaço” é organizado do lado de fora
A Câmara Municipal analisa, em regime de urgência, na sessão desta terça-feira (18), o reajuste nos vencimentos do executivo municipal, salário do prefeito e secretários. No plenário e do lado de fora, a população contrária ao aumento acompanha a sessão, que ainda não começou, e carrega cartazes com mensagens contra o reajuste. Além disso, do lado de fora, organizam “buzinaço”.
Hoje, além do reajuste o plenário analisa o veto parcial do Poder Executivo ao projeto de complementar n. 594/18, que institui o Plano Diretor, principal diretriz que organiza o desenvolvimento da cidade. O plano volta para votação após análise do prefeito Marquinhos Trad (PSD) que vetou algumas das emendas.
Em sessão extraordinária, em seguida, será votado o projeto de lei n. 9.087/18, sobre a receita do município para o exercício financeiro de 2019. No Plano Diretor, uma das emendas analisadas pelo plenário diz respeito à escolha do prefeito sobre o reajuste do salário.
Líder do Executivo na Câmara, Chiquinho Teles (PSD) explicou que a emenda discorre sobre o poder de suprimir e flexibilizar a escola do prefeito sobre o reajuste no âmbito do LOA (Lei Orçamentária Anual), o que faz com que ele não seja obrigado a aceitar ou não o reajuste.
Reajuste – O projeto de emenda à lei orgânica municipal muda os salários do prefeito, vice e secretários. A proposta eleva ao teto de pagamentos de R$ 20.412,42 para R$ 35.462,22, o que representa reajuste de 73%. Marquinhos voltou a dizer que abre mão desse aumento em 2021, em razão do enorme impacto nas contas públicas.
“Acho que não custa recuar e dizer que errou, eu recuei e hoje se fosse votar meu salário e votaria não”, comentou o vereador do PSD, apesar de ter votado pelo aumento de salário dos parlamentares. O reajuste dos vereadores, de 47%, já foi aprovado na Câmara e agora só depende do aval do prefeito. Os salários passariam de R$ 15.031,76 para R$ 22.102,49 a partir de 2021, quando acaba o primeiro mandato de Marquinhos.