Vereadores já admitem vetar aumento do prefeito e desistir do próprio
Reajustes foram aprovados, mas ainda não estão válidos e podem ser revistos
Com a discussão ampliada, mesmo com os reajustes aprovados, os vereadores de Campo Grande começam a admitir a rejeição ao aumento salarial do prefeito Marquinhos Trad (PSD) e a desistir do próprio acréscimo.
Atualmente, a situação coloca nas mãos do chefe do Executivo municipal a decisão de barrar o aumento dos vereadores. Já o reajuste do prefeito caberá aos parlamentares a opção de aprovar ou não.
Segundo o líder do prefeito na Câmara Municipal, vereador Francisco Almeida Telles (PSD), se a posição de Marquinhos for por não receber aumento, ele votará não. O mesmo pensamento compartilha João César Matogrosso (PSDB), que não estava no dia da votação dos aumentos.
Um dos que votou contra o reajuste, o vereador Vinicius Siqueira (DEM) afirmou que o ‘pensamento’ da Casa de Leis já começa a mudar e que alguns estão mesmo propensos a votar contra o reajuste do prefeito.
Valdir Gomes (PP) se posiciona contra também, embora tenha aprovado anteriormente. Ele atribui o pensamento à população que tem reclamado. “Eu vou a favor da população”.
Na semana passada, Marquinhos Trad afirmou que o reajuste seria para todos. No entanto, agora, disse que não quer que os salários dele, da vice-prefeita e dos secretariados aumentem.
Sobre o reajuste dos parlamentares, situação que depende do município vetar ou não, o chefe do Executivo vem dizendo que vai analisar.
Quanto
O reajuste dos vereadores, aprovado em discussão única, prevê aumento dos atuais R$ 15.031,76 para R$ 22.102,49 em 2021. O percentual de aumento é 47%.
Já a emenda à lei orgânica municipal dos salários do prefeito, vice e secretários, prevê que o salário do cargo máximo da prefeitura seja elevado de R$ 20.412,42 para R$ 35.462,22, o que representa aumento de 73%.
Neste caso, o projeto ainda será discutido em 2ª votação até quinta-feira (dia 20), quando a Câmara Municipal faz a última sessão.