ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, SEGUNDA  23    CAMPO GRANDE 30º

Política

Hospital está sucateado e tem apenas um leito de UTI, diz CPI

Leonardo Rocha | 12/07/2013 12:10
Comissão recebeu reclamação de sucateamento e falta de condições do hospital de Aquidauana (Foto: divulgação)
Comissão recebeu reclamação de sucateamento e falta de condições do hospital de Aquidauana (Foto: divulgação)

Integrantes da CPI da Saúde da Assembleia ouviram inúmeras reclamações e irregularidades no município de Aquidauana. O hospital público da cidade, Associação Aquidauanense de Assistência Hospital Dr. Estácio Muniz, tem apenas um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) que atende seis pessoas, além de contar com uma estrutura sucateada, com equipamentos estragados e falta de pagamento para os funcionários.

A diretora do hospital, Irene Franco, destacou que assumiu a unidade com uma dívida de R$ 3 milhões, além de ter várias denuncias de pagamentos irregulares e até diferença salarial entre funcionários. “Colocamos em dia e arrumamos os equipamentos estragados, mas a dívida ainda não foi resolvida”, destacou.

Já antiga gestora, Aline Rigo reconheceu os problemas do hospital, mas ponderou que já recebeu a unidade nestas condições. “Não tinha autonomia para promover as mudanças”, revelou. Irene Franco requisitou mais investimentos do governo estadual no local, pois o hospital atende a diversos municípios vizinhos da cidade. “Só com este amento no repasse poderemos melhorar esta situação”, explicou.

Os deputados questionaram o fato do município ter recebido R$ 71 milhões para investimento na saúde no ano passado, e já neste primeiro semestre, receberam mais R$ 12 milhões, sendo R$ 7,5 milhões apenas para o hospital público. “Encontramos vários problemas, como atraso de pagamento, falta de remédios e veículos sem condições de uso, estamos tentando resolver”, destacou Ângela Maria Lelis Spada, secretária municipal de saúde.

De acordo com ela, a prefeitura investe 29% de sua receita bruta e mesmo assim as condições estão precárias. “Não é o suficiente, faltam recursos e pessoas capacitadas para trabalhar”. A comissão destacou que vai incluir todas as reclamações e denuncias no relatório final, além de apurar as irregularidades citadas pelos gestores.

A CPI da Saúde da Assembleia é formada pelos deputados Amarildo Cruz (PT), presidente, Junior Mochi (PMDB), relator, Lauro Davi (PSB), Maurício Picarelli (PMDB) e Onevan de Matos (PSDB). A comissão irá investigar o repasse de recursos do SUS (Sistema Único de Saúde) para as unidades de saúde do Estado nos últimos cinco anos.

Nos siga no Google Notícias