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Política

Irado, Bernal critica Flávio César por relatório que pede sua "cassação"

Josemil Rocha | 11/05/2013 09:54
Bernal levantou "suspeição" de Flavio Cesar na presidência de CPI (Foto: Vanderlei Aparecido)
Bernal levantou "suspeição" de Flavio Cesar na presidência de CPI (Foto: Vanderlei Aparecido)

O prefeito Alcides Bernal (PP) criticou esta manhã o vereador Flávio Cesar (PT do B) pelo relatório da Comissão de Finanças e Orçamento em que pede punição dele por atos de remanejamentos orçamentários de mais de R$ 50 milhões, os quais foram considerados ilegais. A presidente da comissão, vereadora Grazielle Machado, apontou que com base no relatório da oitiva dos secretários Wanderlei Ben Hur (Planejamento, Finanças e Controle) e Gustavo Freire (Receita e Governo) haveria possibilidade de abertura de processo de “cassação” contra Bernal.

A ira de Bernal contra Flávio Cesar aconteceu durante a solenidade de lançamento da Campanha do Agasalho da Águas Guariroba, que será realizada em parceria com a Prefeitura de Campo Grande.

No relatório da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara, Flávio Cesar concluiu: “A prevalecer o entendimento da Comissão Permanente de Finanças e Orçamento acerca dos atos administrativos do Chefe do Executivo Municipal na consulta submetida ao Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul, que entende esta Comissão que os Decretos Municipais estão em desacordo com a legislação, deve ser instaurado procedimento próprio para a devida apuração de responsabilidade e conseqüente penalização”.

Para Bernal, o relatório é “absurdo”, visto que as administrações anteriores sempre fizeram transferências de verbas orçamentárias dentro limite de suplementação que era bem maior (30%) e que foi reduzido para a atual gestão (5%). Os vereadores consideram que Bernal fez “remanejamentos”, sem autorização legislativa, enquanto a prefeitura diz que se trataram de “suplementações” autorizadas.

Suspeição da CPI – O prefeito de Campo Grande também hostilizou o vereador Flavio Cesar por ele ter aceito presidir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar as fraudes no Hospital do Câncer Alfredo Abrão e no Hospital Universitário. “Não deveria ter aceitado presidir a CPI, deveria ter alegado suspeição”, afirmou Bernal, referindo-se ao fato de a comissão ter de fazer investigações sobre repasses feitos ao Hospital do Câncer na gestão de Nelsinho Trad e Flavio Cesar ter sido líder do prefeito na Câmara nesse período.

Alcides Bernal foi uma das vozes que mais se levantaram a favor da instalação da CPI da Saúde na Câmara de Campo Grande. Esta manhã demonstrou certo arrependimento, quando criticava a postura de Flávio Cesar. “Se continuar nesse caminho a CPI não vai apurar nada, vai ser uma CPI inóqua”, afirmou ele.

O líder do prefeito na Câmara, vereador Marcos Alex Azevedo de Melo, o Alex do PT, chegou a se manifestar contra a CPI exigida por Bernal, mas seus argumentos não convenceram o prefeito. Alex já sabia que como a CPI teria maioria da oposição, três dos cinco vereadores, sua atuação investigativa acabaria sendo limitada.

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