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Política

Lava Jato investiga R$ 2 milhões que Bumlai diz ter ganhado em sorteio

Liana Feitosa | 29/11/2015 09:54
Bumlai foi preso na semana passada em Brasília por ser suspeita de envolvimento em crimes ligados a licitações da Petrobras. (Foto: O Globo)
Bumlai foi preso na semana passada em Brasília por ser suspeita de envolvimento em crimes ligados a licitações da Petrobras. (Foto: O Globo)

Um dos documentos investigados pela Operação Lava Jato mostra o empresário sul-mato-grossense José Carlos Bumlai como pé quente. Na relaçao de rendimentos dele, aparece prêmio de R$ 2 milhões referente a sorteio da loteria federal. O caso foi noticiado pelo portal da Folha de S. Paulo neste domingo (29).

A bolada de Bumlai, pecuarista famoso por ser amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está entre as operações analisadas em relatório fornecido por bancos ao órgão de inteligência financeira do Ministério da Fazenda e faz parte dos autos da operação Lava Jato.

O sorteio ocorreu em dezembro de 2012, mas o prêmio de R$ 2 milhões, do "Pé Quente Bradesco", foi resgatado somente no dia 15 de janeiro de 2013.

A quantia é resgatada graças a um título de capitalização, um investimento que não rende juros. É uma aplicação em que o comprador do título só consegue ter de volta o valor investido se não mexer na quantia durante 2 anos.

Um dos detalhes que levanta suspeita sobre a transação é que o número sorteado de Bumlai está ligado a uma agência de Guajará-Mirim (RO), segundo o texto da Folha de S. Paulo. O relatório ainda mostra que ele sacou R$ 5 milhões em dinheiro vivo, além do título de capitalização.

O advogado do pecuarista não comentou o assunto à Folha porque desconhecia detalhes do prêmio. A Bradesco Seguros também afirmou que, "de acordo com regras internas de 'compliance', não fornece nem comenta informações relativas a clientes".

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