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Política

Lula decreta intervenção federal na segurança do DF até o dia 31 de janeiro

O adjunto do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Garcia Capelli será o interventor

Gabriela Couto e Angela Kempfer | 08/01/2023 17:01
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante pronunciamento. (Foto: Reprodução)
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante pronunciamento. (Foto: Reprodução)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se pronunciou por volta das 16h45 (horário de MS) sobre os atos de vandalismo contra os Três Poderes, em Brasília, neste domingo (8). Ele decretou intervenção federal na segurança do DF (Distrito Federal) com objetivo de por termo ao grave comprometimento da ordem pública.

O interventor nomeado é o atual número dois do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Garcia Cappelli. Ele terá total autonomia de requisitar qualquer órgão, força de segurança, como bombeiros ou sistema penal, além de recursos para conseguir garantir a tranquilidade pública dentro da área estabelecida até o dia 31 de janeiro deste ano.

Todas as medidas servem para acabar com o grave comprometimento da ordem pública. A intervenção deterá inclusive do controle de todos os órgãos de segurança previstos na constituição, sendo inclusive possível serem requisitados recursos como do Corpo de Bombeiros e do sistema penitenciários.

“Todas essas pessoas serão encontradas e punidas. Elas vão entender que a democracia respeita a liberdade, mas também exige respeito”, disse o presidente. Ele fez questão de citar o tempo em que a esquerda foi perseguida pela Ditadura Militar, nunca houve um ato dessa magnitude. “Esses nazistas, fascistas fanáticos fizeram algo sem precedente. Nem na época que mataram gente, perseguiram e torturam fizemos aqui. Vamos descobrir os financiadores que foram para Brasília”, destacou.

Lula contou que chegou a Araraquara (SP) para ver quanto vai custar a reposição da cidade após as últimas chuvas, mas avisou que terá de voltar antes a Brasília, hoje mesmo. “Vim aqui para outra coisa, mas vou ter de deixar meus ministros aqui e voltar para Brasília. Vou lá, visitar todos os prédios que eles destruíram. Eles quebraram muitas coisas e, lamentavelmente, a polícia não fez nada, ou incompetência ou má-fé. Nós vemos os policiais escoltando essa gente até o local para começar a depredação. Eles não são de confiança da sociedade brasileira”, desabafou o presidente.

Ninguém ficará impune, nem mesmo integrantes do governo. "A meta agora é descobrir quem financiou a invasão, quem saiu por ai pagando churrasco, ônibus. Provavelmente tem madeireiro lá, que desmatava a floresta sem nenhuma punição. Gente do agronegócio que não tá nem ai para a população e usa agrotóxico, sem se preocupar com a saúde da população. Vamos descobrir quem são e punir. Se houve omissão de alguém, inclusive, do governo federal, também não vamos admitir”, concluiu.

Confira o decreto abaixo:

Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
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