Mais jovem na disputa ao Senado diz que luta contra 'faz de conta"
Farmacêutico, aos 36 anos Thiago Freitas defende "atuação de verdade" e briga por mais atenção da União.
Aos 36 anos, ele é o mais novo candidato ao Senado da história de Mato Grosso do Sul. Farmacêutico de formação, ligado ao PPL (Partido Pátria Livre), disputa chapa pura nessas eleições e tem como premissa acabar com o que ele chama de a política “faz de conta” no Congresso, onde, segundo ele, não se tem atuações reais em prol do povo brasileiro.
Sua história na vida pública começou na faculdade, aos 18 anos, quando se viu voltado a defender direitos dos estudantes e da categoria, como questões envolvendo piso salarial dos farmacêuticos e falta de obrigatoriedade do profissional nos estabelecimentos.
“Não parei mais e percebo com orgulho todas as entregas que fizemos à população à frente da Subsecretaria de Juventude, ligada ao Governo do Estado, em cerca de 3 anos e meio. Foram entregas que não aconteceram em quase 40 anos de história”, destaca, elencando a institucionalização de políticas públicas voltadas aos jovens.
“Uma baita conquista. Quem estiver à frente do Governo daqui para frente, terá que dar atenção a essas políticas, pois integram um plano estabelecido para dez anos”, diz.
Também pontua que, atualmente, mais de 42 mil alunos da rede pública de ensino já sairão da sala de aula com uma profissão. “Sem contar a redução da evasão escolar, principalmente com a criação do AJA (Aceleração do Jovem na Aprendizagem], referência em todo o País, atendendo a cerca de 15 mil alunos”, descreve.
Empreendedorismo – Por falar em jovens, é com grande empolgação que Thiago destaca uma das principais bandeiras enquanto candidato. “Muito se fala sobre jovem ser o futuro do País, mas acredito que jovem é o agora. Temos que estabelecer ações para estimular o empreendedorismo entre os jovens. E, consequentemente, trazer desenvolvimento para nosso Mato Grosso do Sul”, comenta.
Entretanto, mesmo sendo o mais jovens entre os candidatos ao Senado, ele faz questão de dizer que é candidato de todos, pois percebe que as pessoas querem eleger aqueles que não têm vícios políticos e que não são reféns de grupos empresários.
“Aceitei esse desafio porque defendo um projeto de nação, e não de reeleição. Tem que mudar tudo no Congresso. O povo não aguenta mais bancar político. Temos que ter foco nas reformas estruturais, como a administrativa. Se reduzirmos o Congresso em um terço, de R$ 10,2 bilhões gastos, conseguiríamos investir pelo menos R$ 3,4 bilhões naquilo que realmente importa educação, saúde, tecnologia e inovação, infraestrutura, cultura”, ressalta.
Nesse ponto, faz conexão com a reforma tributária. “Hoje, cerca de 60% do que se arrecada fica com União. Para o Município não chega a 16%. Quero mudar isso, por isso me considero um candidato municipalista, para que prefeitos não tenham que ir para Brasília pedir recursos no Congresso. Tem que vir direto para o municípios, para a região. Defendo e não vejo ninguém apresentando proposta nesse sentido”, diz.
“Aceitei esse desafio porque defendo um projeto de nação, e não de reeleição. Tem que mudar tudo no Congresso. O povo não aguenta mais bancar político. Temos que ter foco nas reformas estruturais, como a administrativa. Se reduzirmos o Congresso em um terço, de R$ 10,2 bilhões gastos, conseguiríamos investir pelo menos R$ 3,4 bilhões naquilo que realmente importa educação, saúde, tecnologia e inovação, infraestrutura, cultura”, ressalta.
Incentivos fiscais -“Temos que desenvolver iniciativas para atrair investidores , principalmente quanto á infraestrutura. Um absurdo o sucateamento e a falta de investimento nas nossas ferrovias e hidrovias. Não há recursos nem investimentos para nossos portos. Justamente numa região estratégica para o País. Se houvesse mais qualidade nas vias para escoamento de grãos, e produtos ligados ao agronegócios, por exemplo, poderíamos alavancar nossa economia- que está caminhando, mas ainda deixa a desejar. Precisamos de investimentos federais.
Thiago também aplaude a atuação do Ministério Público – que ‘está agindo de forma independente, fazendo operações avançarem' - e exemplifica a Lava-Jato. “Essa autonomia é fundamental, mas há uma banalização das prisões. Me causa estranhamento as prisões recentes, justamente em período eleitoral. Há muito sensacionalismo”, acredita.
“Nunca fui vereador, deputado, mas meu projeto é voltado à Nação. Temos que acabar com a mentalidade de que Senado é aposentadoria para políticos. Temos que trabalhar pelas reformas estruturais, contra o Fundo Partidário e aplicar recursos que, de fato, promovam melhorias para nossa região”, finaliza.