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Política

Mais um assentado de MS será julgado por invasões e depredações em Brasília

No 6º bloco de julgamentos do STF, estão mais duas pessoas de MS que participaram dos atos de 8 de janeiro

Silvia Frias | 23/05/2023 12:21
Mário José Ott, morador do antigo Assentamento Itamarati, foi liberado com monitoramento. (Foto/Reprodução)
Mário José Ott, morador do antigo Assentamento Itamarati, foi liberado com monitoramento. (Foto/Reprodução)

O STF (Supremo Tribunal Federal) iniciou hoje o julgamento do 6º bloco de denunciados pelas invasões e depredações ocorridas em Brasília, no dia 8 de janeiro. Nesta leva, há pelo menos três residentes ou nascidos em Mato Grosso do Sul, acusados de participação no vandalismo aos Três Poderes (Congresso Nacional, Palácio do Planalto e sede do STF).

Com base na lista divulgada dos presos nascidos ou com RG de Mato Grosso do Sul, consta no 6º bloco de julgamento o assentado Mário José Ott, 59 anos, residente no distrito de Nova Itamarati, em Ponta Porã. Ele foi liberado no dia 23 de janeiro, mediante uso de tornozeleira eletrônica. As outras duas a serem julgadas são Edna Dias Sales, 50 anos, e Madalena Severa dos Santos, 45 anos.

Nesse novo lote de denúncias, a principal acusação, em todos os casos, é a de incitação à animosidade das Forças Armadas contra Poder constituído. As denúncias têm como alvo pessoas presas no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, no dia seguinte aos ataques.

Invasões e depredações aconteceram no dia 8 de janeiro. (Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)
Invasões e depredações aconteceram no dia 8 de janeiro. (Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)

Continuação - Ontem à noite, o STF encerrou o julgamento do 5º bloco, tornando 250 pessoas réus, inseridas no inquérito referente aos instigadores dos atos que estiveram acampamentos em frente ao quartel do Exército na capital federal até o dia 9 de janeiro.

Na leva, constam de MS, residentes e/ou nascidos: Altino Pereira Bispo, 57 anos; Silvia Adriana Nogueira dos Santos, 50 anos; Rodrigo Ferro Pakuszewski, 28 anos; Regina Maria Fidelis da Silva, 47 anos;  Sidneia Xavier Gomes, 52 anos e Vilson Rogério Santos Amorim, 48 anos.

Ao todo, a PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou, até o momento, 1.390 denúncias com relação ao caso. O Supremo já recebeu 1.044 dessas acusações, passo que resulta na abertura de ação penal, com coleta de provas mais aprofundada e oitiva de testemunhas a pedido de acusação e defesa.

Somente ao final da ação penal o STF deverá julgar, no caso a caso, eventual condenação dos réus. Não há prazo para que isso ocorra.

Do total de denúncias, 225 dizem respeito a pessoas acusadas de participação direta nos ataques aos prédios públicos. Nesse caso, elas são acusadas de crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e depredação de patrimônio público protegido, entre outros.

A expectativa é que o eventual recebimento de todas as denúncias seja concluído em meados de junho. Todos os julgamentos são realizados dentro de dois inquéritos, que têm como alvo incitadores e praticantes dos atos golpistas, respectivamente.

Há ao menos mais dois inquéritos no Supremo que têm como alvo eventuais financiadores e autoridades suspeitas de omissão diante dos ataques. À frente das investigações, a PGR ainda não apresentou denúncias nesses casos, que se encontram ainda em fase de investigação pela PF (Polícia Federal), na operação denominada Lesa Pátria. (Com informações da Agência Brasil)

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