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Política

MDB pode ter segundo desfalque para deputado federal a 32 dias das eleições

Votos em Carlos Bernardo, multado e considerado inelegível, podem ser anulados

Anahi Zurutuza e Aline dos Santos | 30/08/2022 15:40
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Karlos da UCP durante evento do MDB. (Foto: Reprodução das redes sociais)
Karlos da UCP durante evento do MDB. (Foto: Reprodução das redes sociais)

A pouco mais de um mês para as eleições, o MDB pode ter o segundo desfalque no quadro de candidatos a deputado federal. Depois da renúncia de Jamal Salém, que “caiu” na lista de ficha suja do TCU (Tribunal de Contas da União), agora é o candidato Aparecido Carlos Bernardo, o Karlos da UCP  (faculdade de Medicina em Pedro Juan Caballero), que está na mira da Procuradoria Regional Eleitoral.

Considerado inelegível por oito anos, por decisão da Justiça Eleitoral de Mato Grosso do Sul, Carlos Bernardo poderá concorrer sub judice – na tradução para o português, “em julgamento” – se até o dia 2 de outubro, ainda houver possibilidade de recursos. Mas, caso a condenação seja confirmada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), os votos depositados no candidato serão anulados.

Pendências judiciais – Primeiro, o registro da candidatura foi impugnado pelo procurador Pedro Gabriel Siqueira Gonçalves, que verificou a ausência de comprovação da filiação de Carlos Bernardo ao MDB dentro do prazo estabelecido pela legislação eleitoral – pelo menos seis meses antes das eleições, ou seja, até o dia 2 de abril.

O candidato apresentou a defesa e conseguiu comprovar que está filiado desde o dia 18 de março, mas que por erro do partido o registro não havia sido incluso no sistema da Justiça Eleitoral.

No dia 22 de agosto, contudo, a candidatura sofreu outro revés. Bernando foi condenado no pelo Tribunal Regional Eleitoral ao pagamento de multa de R$ 6.923,24 e considerado inelegível por oito anos. A punição foi imposta pelo juízo da 52ª Zona Eleitoral de Ponta Porã – e confirmada pelo TRE-MS – por causa de doação no valor de R$ 90 mil, feita pelo emedebista em 2020, a um candidato a prefeito do interior de Goiás. O limite legal era de R$ 69.232,45.

“Considerando a recente decisão colegiada deste Tribunal Regional Eleitoral, anunciando a inelegibilidade do requerente”, a procuradoria quer o indeferimento do pedido de registro de candidatura de Carlos Bernardo. Ele ainda pode pedir o embargo da decisão do TRE e depois, recorrer ao TSE.

Carlos Bernardo se apresenta nas redes sociais como agropecuarista e CEO do Curso de Medicina da UCP (Universidad Central del Paraguay), cujo campus fica em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã.

Ao Campo Grande News, o candidato informou que seus advogados já estão preparando sua defesa. Ele acredita que até a próxima semana "já esteja tudo positivo".

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