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Política

MS tem quatro contra voto impresso e deputada faz mistério

Câmara dos Deputados vota hoje Projeto de Emenda Constitucional, que precisa de, pelo menos, 308 votos

Adriel Mattos e Gabriela Couto | 10/08/2021 13:21
Deputados que integram a bancada federal de MS. Na parte de cima: Loester Carlos, Beatriz Cavassa, Rose Modesto e Vander Loubet. Na parte inferior: Dagoberto Nogueira, Luiz Ovando, Fábio Trad e Beto Pereira.
Deputados que integram a bancada federal de MS. Na parte de cima: Loester Carlos, Beatriz Cavassa, Rose Modesto e Vander Loubet. Na parte inferior: Dagoberto Nogueira, Luiz Ovando, Fábio Trad e Beto Pereira.

Pelo menos quatro deputados federais por Mato Grosso do Sul devem votar contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 135/19, conhecida como PEC do Voto Impresso. A sessão que analisa o texto acontece na tarde desta terça-feira (10).

O Campo Grande News procurou os oito deputados federais e apenas Bia Cavassa (PSDB) não se manifestou até a publicação da matéria, apesar das várias tentativas de contato, direto com a parlamentar e por meio da assessoria de imprensa. Ela também não comentou sobre a PEC em seus perfis nas redes sociais.

Beto Pereira (PSDB), Dagoberto Nogueira (PDT), Fábio Trad (PSD) e Vander Loubet (PT) declararam ser contra a proposta.

Vander ressaltou que a matéria já recebeu parecer contrário na comissão especial. “O clima me parece ser amplamente favorável à defesa do nosso sistema atual de votação e das urnas eletrônicas. Já passou da hora de (presidente Jair) Bolsonaro parar de perder tempo com isso e focar no que é importante: concluir a vacinação da população contra a covid-19 e criar um programa efetivo de geração de emprego e renda para a população”, pontuou.

Trad também criticou o presidente, que vem defendendo amplamente o novo sistema de votação. “Estou convicto de que esse debate plantado por Bolsonaro tem o propósito de entorpecer a opinião pública, servindo de cortina de fumaça para esconder os graves problemas sociais e econômicos que o seu governo não resolveu por incompetência”, opinou.

Do outro lado, Loester Trutis (PSL), Luiz Ovando (PSL) e Rose Modesto (PSDB) disseram que votarão a favor. “Mantenho a posição de favorável ao voto impresso”, ressaltou Trutis.

“Acredito que toda discussão para dar mais segurança para a população em qualquer processo incluindo o eleitoral, é bem-vinda. O voto auditável torna o processo eleitoral mais transparente”, escreveu Rose na rede social Twitter.

A direção nacional do PSDB emitiu hoje nota contra o voto impresso. O presidente nacional, Bruno Araújo, que assina a nota, reforçou que o atual sistema já permite auditoria, pode ser melhorado, mas não como está sendo proposto.

“O PSDB confia no sistema de votação brasileiro e tem compromisso firme com aprimoramentos, inovações e segurança do voto. Contribuiu com avanços na segurança e confiabilidade do sistema a partir de consulta sobre a possibilidade de auditoria no sistema eletrônico de votação em 2014, que resultou em seguidas resoluções do TSE, que deram ainda mais transparência e segurança ao processo”, diz a nota.

Entenda - A PEC, apresentada pela deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), obriga a impressão de um comprovante do voto eletrônico, que seria conferido pelo eleitor, antes de ser depositado em uma urna lacrada. Assim, os papéis seriam utilizados para conferir se o resultado da urna eletrônica coincide com os comprovantes.

O texto foi rejeitado pela comissão especial na última sexta-feira (6), por 22 votos a 11, mas os pareceres das comissões especiais de PECs não são terminativos.

Para ser aprovada, uma PEC precisa do voto favorável de 308 deputados em dois turnos de votação, além de passar pelo Senado, também em dois turnos.

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