Município ainda está calculando rombo deixado por Bernal, diz secretário
executivo tem R$ 360 milhões em emendas e atual gestão ainda não sabe valor da dívida municipal; Responsável pela Finanças disse que só terá fôlego após pagamento do IPTU
O responsável pela Seplanfic (Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento), Pedro Pedrossian Neto, disse que situação financeira da Prefeitura de Campo Grande está mais aguda que nos meses de dezembro e novembro. De acordo com Pedrossian o município tem cerca de R$ 360 milhões em empenhos e ainda estão sendo levantados quais serviços foram prestados e qual o valor real da dívida municipal.
"Nós temos os empenhos, mas ainda estamos levantando quais serviços foram liquidados, quais foram pagos e quais só foram empenhados, mas não foram feitos", ressaltou.
Nesses três dias que assumiu efetivamente a pasta Pedrossian disse nesta quarta-feira (4) que tem feito reuniões junto a sua equipe e demais secretários para levantar quais são as prioridade e dividas do Executivo Municipal. Ele ressaltou que a dívida municipal pode ser menor do que o valor dos empenhos, uma vez que alguns contratos estão judicializados e não consta aferição de serviço.
"A Solurb, por exemplo, está judicializado o pagamento. A Prefeitura paga, mas não temos e medição do serviço e emissão de nota fiscal. Nós pagamos, mas não sabemos se o valor total é do que foi empenhado para usar. Estamos fazendo levantamento", declarou.
De acordo com Pedrossian, a prioridade no momento é o salário dos servidores, que tem de ser pago até a próxima sexta-feira (6), 5º dia útil. "No momento nossa prioridade é o funcionalismo público. Tenho R$ 43 milhões em caixa e preciso levantar até sexta-feira mais R$ 68 milhões para pagar a folha de pessoal da Prefeitura. Fora os R$ 19 milhões que ficaram do 13º salário que não foram pagos", ressaltou.
O secretário disse ainda que só terá fôlego para conseguir organizar as contas da Prefeitura de Campo Grande a partir do dia 10 de janeiro, data limite para o pagamento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) com desconto de 20%.
"A bomba estourou na nossa mão. A situação financeira está pior do que nos outros meses e precisamos de fôlego. Agora não adianta criticar a antiga gestão, temos que trabalhar", afirmou.