PF transfere Giroto, Amorim e mais dois para presídio de Campo Grande
O ex-deputado federal e ex-secretário estadual de Obras Edson Giroto, os empresários João Amorim e Flávio Henrique Scrocchio e Wilson Roberto Mariano de Oliveira, servidor da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), presos na Operação Fazendas de Lama, segunda fase da Lama Asfáltica, foram transferidos pela PF (Policia Federal) na tarde desta segunda-feira (16) para o Centro de Triagem, no complexo Penal de Campo Grande, no Jardim Noroeste, região leste de Campo Grande.
Os quatro estavam custodiados na Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), no bairro Tiradentes, e a transferência feita por volta das 14h30 pegou até a defesa dos envolvidos de surpresa, conforme disse ao Campo Grande News o advogado Hilário Carlos de Oliveira, que defende Wilson Mariano. Conforme o defensor, eles devem dividir cela com outros presos.
Ambos estão entre os que tiveram as prisões temporárias convertidas em preventivas, sem tempo para terminar. Raquel Giroto, esposa do ex-deputado, Mariane Mariano de Oliveira, filha de Wilson Mariano, Elza Cristina Araújo, secretaria e sócia de João Amorim e a filha do empresário, Ana Paula Amorim Dolzan, estão em prisão domiciliar. A última inclusive na cidade de Porto Alegre.
Até agora, foram liberados Renata Amorim Agnoletto (filha de João Amorim), Ana Lúcia Amorim (filha de João Amorim), Ana Cristina Pereira da Silva, André Luiz Cance (ex-secretário adjunto da Secretaria Estadual de Fazenda), Flávio Henrique Garcia (empresário), Evaldo Furrer Matos, Maria Vilma Casanova e Hélio Yudi Komiyama (servidor).
A justiça federal tinha decretado, no primeiro momento, a prisão temporária dos 15 investigados, que terminaria a meia -noite do sábado (14), no entanto foram decretadas oito prisões preventivas, por isso um grupo ainda permanece preso, em regime fechado ou domiciliar.
Lama - A primeira fase foi realizada em 9 de julho de 2015. Já a segunda etapa, batizada de Fazendas da Lama, foi realizada na semana passada. Foram 15 prisões e mandados de busca e apreensão cumpridos em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
Foi identificado R$ 44 milhões em desvio de recurso público e a formação de uma rede de “laranjas”, composta por familiares e terceiros, para lavagem do dinheiro de origem ilícita. Conforme a denúncia, os valores foram transformados principalmente em fazendas, que totalizam 67 mil hectares espalhados por Mato Grosso do Sul. A ação também teve parceria da Receita Federal.