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Capital

Esposa de Giroto, presa pela PF, consegue de novo prisão domiciliar

Raquel Rosa Portela e mais sete pessoas teve prisão preventiva decretada

Mayara Bueno | 16/05/2016 09:39

Alvo da segunda fase da Operação Lama Asfáltica, a advogada Raquel Rosa de Jesus Portela Giroto conseguiu, novamente, prisão domiciliar. Ela é esposa do ex-secretário de Obras do Estado, Edson Giroto, também preso durante a operação. Até então, Raquel estava na PF (Polícia Federal) e iria para PME (Presídio Militar Estadual).

Segundo o advogado de Raquel, Valeriano Fontoura, uma decisão de domingo (15), à noite, do TRF (Tribunal Regional Federal), autorizou o cumprimento da prisão preventiva em casa. No sábado (14), ela e outras sete pessoas tiveram a prisão temporária - válida por cinco dias prorrogáveis por igual período - em prisão preventiva, aquela com prazo indeterminado.

A situação da esposa de Giroto é diferente porque ela tem prerrogativas por ser advogada e tem o direito de ser recolhido em sala de Estado Maior da Polícia Militar. Na falta de local adequado, a prisão deve ser cumprida em regime domiciliar.

No mesmo dia da prisão, a informação era de que Raquel ocuparia um quarto no prédio do PME. Já o ex-secretário segue com a prisão preventiva mantida. Segundo Valeriano, o processoa ainda está sendo analisado para averiguar qual será a forma de tentar revogar.

Prisão preventiva - Justiça Federal decretou a prisão preventiva de oito pessoas presas durante a operação Fazendas da Lama. Os mandados cumpridos na última terça-feira (9) venceriam a meia-noite deste sábado (14), mas a decisão faz com que os suspeitos permaneçam detidos por tempo indeterminado.

Segundo informações apuradas pelo Campo Grande News, a medida atingiu Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano, servidor da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos); a filha dele, Mariane Mariano de Oliveira; o ex-secretário estadual de obras Edson Giroto; a mulher dele, Rachel Rosa de Jesus Portela Giroto; o empresário João Amorim; a filha dele Ana Paula Amorim Dolzan; a sócia dele Elza Cristina Araújo dos Santos e o empresário Flávio Henrique Garcia Scrocchio, preso em Tanabi (SP).

Operação - As investigações estão relacionadas a desvio de recursos federais, na execução de obras em rodovias no Estado.Os investigados são suspeitos de fazerem parte de uma organização que fraudava licitações e obtinha dinheiro de forma ilícita, mediante pagamentos às empreiteiras por serviços não executados ou feitos com qualidade inferior ao que foi contratado.

Foi identificado desvio de R$ 44 milhões e a formação de uma “rede de laranjas” composta por familiares e terceiros para a lavagem do dinheiro obtido de forma ilícita. Esses valores, conforme apontou a investigação, foram usados principalmente na compra de fazendas, que totalizaram 67 mil hectares espalhados em Mato Grosso do Sul.

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