Pode ou não? Vereador declara voto e Câmara vai discutir propaganda em sessão
Parlamentares reclamaram de "propaganda política" durante fala do vereador Marcos Tabosa (PDT)
Com o início da campanha eleitoral, as sessões da Câmara Municipal entraram em clima de política. Antes da votação de projetos, vereadores aproveitam para fazer ataques a candidatos ou manifestar apoio a outros.
Nesta quinta-feira (11), o vereador Marcos Tabosa (PDT) declarou seu voto ao ex-governador André Puccinelli (MDB) para o governo, o que foi motivo de reclamação por parte de colegas, já que a manifestação pode ser considerada propaganda ilegal.
Tabosa ainda leu partes do plano de governo do candidato do MDB. O presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges, o “Carlão”, anunciou então que fará reunião para decidir o que vale e o que não vale, durante as sessões.
“André Puccinelli é visionário. É meu pré-candidato ao governo do Estado por que? Porque ele resolve”, disse Tabosa.
Para Carlão, a manifestação de Tabosa não pode ser entendida como propaganda eleitoral. “O Tabosa não saiu do regimento. Falou de candidatura, o que é normal, o que não pode é pedir voto, adesivar, santinhos. mas a tribuna é inviolável”, ponderou Carlão.
Em seguida, assessores trouxeram ao presidente documento com a legislação eleitoral. Ele resolveu detalhar o texto e fazer reunião para discutir o assunto, na semana que vem.
“Fica a critério do presidente da sessão ou audiência. Eu entendi que não era propaganda direta. Vamos nos reunir e discutir isso então, porque o decreto é firme. Vamos tomar uma decisão em conjunto. Entendi que não teve excesso, nem pedido de voto direto”, comentou Carlão.
O presidente da Casa teve ainda que acalmar os ânimos de vereadores que questionavam a fala de Tabosa, em diversas ocasiões. Além de falar de política, o vereador fez diversas reclamações sobre o ex-prefeito e candidato ao governo Marquinhos Trad (PSD) e os serviços públicos da cidade. Tabosa disse que está sendo ameaçado por mensagens de Whatsapp, mas vai continuar reclamando das “mazelas de Campo Grande”.