Prefeito cassado em Jardim perde cargo em secretária do governo do DF
O ex-prefeito de Jardim, Marcelo Henrique de Mello, perdeu nesta semana o cargo de subsecretário de Atenção Integral à Saúde do Distrito Federal. A demissão ocorreu com base na Lei da Ficha Limpa e de decreto local de 2015, ambos que impedem a nomeação até mesmo em cargos comissionados de pessoas inelegíveis.
Marcelo e o vice, Erney Cunha Bazzano Barbosa (PT), foram cassados pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), após acusação de compra de votos. Enquanto o prefeito ficou inelegível por oito anos, penalidade que só vence em 2021, seu vice disputou a eleição suplementar realizada em 2013 e foi eleito.
O ex-prefeito havia sido empossado no início do ano pelo o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). O caso foi revelado por reportagens e levou o governo, inclusive, a obrigar os indicados a preencherem a partir de agora declaração informando se respondem a processo administrativo ou judicial.
Marcelo e Erney já haviam tido os diplomas de prefeito e vice-prefeito cassados pela 22ª Zona Eleitoral de Jardim. Entretanto, eles conseguiram seguir o mandato após a defesa entrar com um pedido que suspendeu a cassação. Não conseguiram reverter a decisão, o que obrigou a cidade a fazer nova eleição.
Na época, a votação no TRE foi unânime e considerou a primeira sentença correta, já que as provas apontavam que Marcelo Henrique entregou cestas básicas a eleitores de Jardim em troca de votos.