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Política

Reajuste será concedido “na medida das nossas condições”, diz prefeito

O município comprometeu 53,13% da receita com pessoal e ultrapassou o limite de 51,3%, o que pode trazer risco em relação ao aumento salarial

Mayara Bueno | 28/02/2019 16:15
Prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), durante entrevista. (Foto: Marina Pacheco/Arquivo).
Prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), durante entrevista. (Foto: Marina Pacheco/Arquivo).

“Vamos dar na medida das nossas condições”, afirmou o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), nesta quinta-feira (dia 28), sobre o reajuste dos servidores. Ontem, o secretário de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto, disse que o município comprometeu 53,13% da receita com pessoal no 3º quadrimestre de 2018 e ultrapassou o limite de 51,3%.

Por isso, o Executivo municipal não poderá fazer concessão na área trabalhista, o que coloca em risco o reajuste dos servidores, cuja data-base da maioria é em maio. “Nós nunca deixamos de dar reajuste, mas sempre demos na medida das nossas condições e possibilidades. Se tiver, vai ser dado”.

Indagado novamente se há possibilidade da não concessão de acréscimo salarial, o chefe do Executivo municipal afirmou que nos dois primeiros anos de sua gestão [2017 e 2018] também havia risco de os funcionários públicos ficaram sem reajuste e, mesmo assim, foi concedido.

Limite - O índice [de comprometimento de gastos com servidores] quase alcançou o limite máximo de gastos, que é de 54%, conforme estabelecido pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

"Esse é um dado preocupante porque estamos num limite de alerta e estamos acima da corrente prudencial. O que a lei federal preconiza? Enquanto a Prefeitura não ajustar não pode gastar com pessoal. É uma má notícia, porém, é um comportamento sazonal no último quadrimestre é tendência a elevação desse indicador diante do pagamento de 13º salário, férias de convocados”, explicou o titular durante audiência ontem.

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