Reinaldo sai otimista de reunião com presidente Michel Temer e ministros
Governador visitou Brasília e tratou sobre a recuperação econômica e sobre o a rota bioceânica que ligará o Brasil ao Oceano Pacífico
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) foi um dos 13 governadores que participou nesta terça-feira (25) de um encontro com o presidente Michel Temer (PDMB), ministros e diversos parlamentares, em Brasília (DF), para tratar em interesses em comum dos estados. Ao fim da reunião, o Reinaldo afirmou ter ficado mais otimista com o cenário econômico.
Um dos participantes foi o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que repassou dados e informações que renovou o ânimos dos chefes de Executivo presentes, pois indicou uma recuperação econômica do país em fase já de concretização.
"Conseguimos fazer o dever de casa, manter o equilíbrio das contas, cumprir as obrigações fiscais, financeiras e orçamentárias, além do reforçar o programa de incentivos fiscais, que resultaram em um ambiente de confiança aos investidores", frisa o governador sul-mato-grossense.
Azambuja ainda destaca o papel do governo e setor produtivo para alavancar esse crescimento, tido por Meirelles como concretizado. O PIB (Produto Interno Bruto) deve ter crescimento de 2,7% neste ano, segundo o ministro, graças a volta da confiança de consumidores e empresários diante dos ajustes colocados em prática.
"Não há dúvida que esses fatores estão contribuindo para aumentar o número de postos de trabalho e colocar MS como o 3º estado em geração de emprego no país", comenta Reinaldo, que ouviu ainda sobre a necessidade das reformas. "A mudança nas regras de aposentadoria será fundamental para estabilizar as despesas públicas", disse Meirelles.
Entre as medidas previstas na proposta está a adoção de uma idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres acessarem ao benefício da aposentadoria. O tempo de contribuição, de acordo com novo texto da proposta, continua de 25 anos.
"Nossa meta é interromper a trajetória de crescimento elevado do déficit da Previdência, para investir mais nas pessoas e promover o desenvolvimento do Brasil", afirmou Reinaldo, ao abordar o problema no Estado.
Além do almoço com Temer, Meirelles e os presidentes do Senado e Câmara, respectivamente, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), o governador visitou o ministro-chefe da Casa Civil, Elizeu Padilha, para tratar da liberação de emendas pendentes e de projetos para Mato Grosso do Sul.
Ainda nesta tarde, Azambuja foi condecorado com a medalha da Ordem de Rio Branco, no grau Grã-Cruz, pelo ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes. A medalha é a mais alta condecoração da diplomacia brasileira.
Corredor Biocêanico - Outro assunto que foi pauta de Reinaldo em Brasília nesta terça-feira na visita à Aloysio Nunes, colega de partido do governador, foi a integração de rotas para, enfim, colocar em prática o corredor bioceânico que ligará logisticamente os oceanos Atlântico e Pacífico via ferroviária e rodoviária.
A rota, que passa por Mato Grosso do Sul, encurta a distância entre o Brasil e mercados internacionais, principal os asiáticos, e precisa de apenas 200 km de ferrovia na Bolívia para concretizar a ligação entre Santos (SP) e Ilo (Peru). Porém, há ainda a rota que passa pelo Paraguai e vai até o Chile, tido como a melhor delas.
"Sobre o corredor bioceânico rodoviário que liga Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, o primeiro passo para a efetivação é a construção da ponte sobre o rio Paraguai em Porto Murtinho. Tivemos um grande avanço na questão da ponte", aponta Reinaldo, acrescentando ainda que o acordo entre Brasil e Paraguai já passou pelo crivo do Senado e segue para a Câmara.
A ponte possibilita que seja aberto no Paraguai uma rodovia ligando a fronteira até Mariscal Estigarribia, já próximo a fronteira com a Argentina. O trecho tem 360 km. A obra da ponte, que já possui projeto no DNIT e aguarda aprovação do Congresso para execução, está avaliada em US$ 30 milhões.
"Com a construção da ponte, a partir de Porto Murtinho o corredor cruzará território paraguaio e argentino até alcançar os portos de Antofagasta, Mejillones e Iquique, no Chile. O objetivo é facilitar a penetração dos produtos nos mercados asiáticos, importantes em especial a agropecuária sul-mato-grossense", explica Reinaldo, que complementa.
"Além de escoar a produção, a rota permitirá a importação direta de insumos a preços muito abaixo do mínimo de mercado". O trecho possui distância rodoviária um pouco maior, mas economiza 11 mil quilômetros através do oceano Pacífico, sem ter que atravessar pelo canal do Panamá, na América Central.