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Política

Relator é a favor da CPI dos Fantasmas, mas decisão de colega adia abertura

Investigação quer encontrar funcionários que receberam sem trabalhar no Poder Legislativo

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 01/11/2016 09:11
Reunião da CCJ, nesta terça-feira (01). Da esquerda para direita, os deputados Renato Câmara (PMDB), Lídio Lopes (PEN) e Maurício Picarelli (PSDB). (Foto: Victor Chileno/ALMS)
Reunião da CCJ, nesta terça-feira (01). Da esquerda para direita, os deputados Renato Câmara (PMDB), Lídio Lopes (PEN) e Maurício Picarelli (PSDB). (Foto: Victor Chileno/ALMS)

O relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Fantasmas na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Assembleia Legislativa, deputado Maurício Picarrelli (PSDB), deu parecer favorável à abertura da investigação. No entanto, Renato Câmara (PMDB) pediu vistas ao requerimento, adiando novamente a decisão.

Nesta terça-feira (1º), Picarelli devolveu seu posicionamento, cujo parecer foi seguido pelos parlamentares Lídio Lopes (PEN), João Grandão (PT) e Renato Câmara. Este último, no entanto, voltou atrás e pediu vistas, alegando estar em dúvida sobre seu posicionamento.

Quem apresentou o requerimento foi o prefeito eleito Marquinhos Trad (PSD), ainda no primeiro turno das eleições 2016. Ele foi acusado de ser funcionário fantasma, na mesma ocasião em que estudava Direito no Rio de Janeiro (RJ). Negando ter recebido sem trabalhar, o prefeito quer levantar servidores fantasmas no período de 30 anos e nepotismo cruzado entre os poderes.

Câmara falou que é a favor da abertura do grupo de investigação, mas diz que está em dúvida sobre o período de 30 anos estipulado e o objeto da apuração. “Pedi vistas, pois vou analisar as duas questões, objeto e tempo. Eu não estou seguro do meu voto”, afirmou.

Em seu parecer, Picarelli discordou justamente do período abrangido de investigação. Segundo ele, muitos servidores já podem ter sido aposentados ou até falecido. Mesmo assim, o entendimento foi pela abertura.

Na prática, um pedido de CPI não precisa ser submetido à CCJ, por onde passam todos os projetos de lei antes da apreciação dos deputados no plenário. No entanto, o presidente do Legislativo Estadual, deputado Junior Mochi (PMDB), preferiu se basear no parecer da comissão, até para que a definição seja mais democrática, disse.

Anteriormente, Mochi havia dito que seguiria o parecer da CCJ, independente do posicionamento.

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