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Política

Responsável por marcar "cafezinho", sócia de Amorim pode depor amanhã

Paulo Yafusso | 23/09/2015 09:23
Gaeco deve retomar depoimentos nesta quinta-feira (Foto; Marcos Ermínio)
Gaeco deve retomar depoimentos nesta quinta-feira (Foto; Marcos Ermínio)

A operadora financeira da organização comandada pelo empreiteiro João Alberto Krampe Amorim dos Santos, Elza Cristina Araújo dos Santos Amaral, foi notificada a depor no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) às 9h desta quinta-feira. Ela deveria ser ouvida no último dia 4, mas pediu adiamento por causa da gravidez de risco. Por isso, não se descarta a possibilidade dela apresentar novo atestado médico para não depor amanhã.

Sócia de João Amorim, Elza Amaral aparece em várias escutas telefônicas da Polícia Federal na Operação Lama Asfáltica, falando de assuntos de interesse da organização. As interceptações telefônicas foram feitas pela PF com autorização da Justiça Federal. De acordo com as investigações da Lama Asfáltica, ela seria a responsável pelo pagamento de propina e o código usado pelo grupo era “cafezinho”.

No Gaeco Elza Amaral deverá esclarecer justamente sobre os convites para tomar cafezinho com ela na sede da Proteco, empresa de João Amorim. A Operação Lama Asfáltica foi deflagrada no dia 9 de julho pela PF, CGU (Controladoria Geral da União), Receita Federal e MPF (Ministério Público Federal), para investigar desvio de recursos federais na execução de obras no Estado. Conforme a investigação, a organização de João Amorim fraudava licitações e corrompia servidores estaduais para obter vantagens financeiras.

Como ao longo da investigação a PF interceptou várias ligações em que os alvos conversavam sobre o esquema para a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP), o MPE (Ministério Público Estadual) designou o Gaeco para apurar se houve compra de vereadores para a cassação do prefeito, ocorrido em março do ano passado. Não foi definida a data ainda para a oitiva do prefeito afastado Gilmar Olarte (PP).

O MPE também criou Força Tarefa com oito promotores, para investigar a atuação dessa organização no âmbito estadual, já que muitas obras executadas pelas empresas do grupo também recebiam verbas do Estado.

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