Secretário não convence e CPI mantém suspeita de favorecimento
O depoimento do secretário municipal de Planejamento, Wanderley Ben Hur, à CPI do Calote não convenceu e os vereadores mantém suspeita de favorecimento a empresas na hora de efetuar pagamentos de servidos prestados à Prefeitura de Campo Grande.
“Para mim, não foi esclarecido porque pagam um em dia pelo mesmo serviço e outros não”, disse o presidente da comissão, vereador Paulo Siufi (PMDB). Ben Hur minimizou o problema e afirmou que apenas “três ou quatro fornecedores” têm dinheiro a receber da prefeitura.
Ele ainda avaliou que a CPI perdeu o objeto porque não há inadimplência. “O artigo sete, parágrafo três da lei 8.666 dá prazo de 90 dias, após a liquidação, para efetuar o pagamento”, frisou. Conforme planilha da prefeitura, nenhum pagamento ultrapassou esse período.
Siufi, por sua vez, diz que a regra só vale em caso de verificadas irregularidades no contrato ou na prestação do serviço. “Então, queremos saber quais são essas irregularidades”, disse.
Questionado sobre a suspeita de favorecimento, o secretário tratou de afastar a possibilidade. “Não existe preferência, o pagamento é feito de acordo com a liquidação e, se às vezes demora, é por causa do fluxo de caixa”, comentou.